São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Diretor da Abin é afastado por mais 60 dias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo decidiu prorrogar por mais 60 dias o afastamento do delegado Paulo Lacerda da direção geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O despacho com a prorrogação foi publicado na edição de anteontem do "Diário Oficial da União".
Lacerda deixou o cargo em setembro, no início das investigações da Polícia Federal sobre supostas escutas clandestinas envolvendo o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Poder Legislativo.
A Polícia Federal investiga um grampo telefônico ilegal que captou a conversa do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes. Conforme a revista "Veja" divulgou à época, os dois tiveram suas conversas monitoradas por arapongas da Abin.
Com Lacerda, foram afastados o diretor-adjunto da agência, José Milton Campana, e o chefe do Departamento de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto - o afastamento destes funcionários também foi prorrogado no ato publicado anteontem.
Segundo o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o motivo da prorrogação foi o fato de a Polícia Federal ainda não ter concluído as investigações sobre a suposta participação de agentes da Abin em gravações clandestinas.
O GSI nega haver motivação política na renovação do período de afastamento.
Desde que deixaram a Abin, Lacerda e seus antigos colaboradores despacham na Secretaria Nacional Antidrogas, em um dos anexos do Palácio do Planalto.


Texto Anterior: Saída de Lacerda desencadeou atritos entre PF e delegado
Próximo Texto: Toque de Midas: Justiça aceita denúncia contra ex-diretor da PF
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.