|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Diretor da Abin é afastado por mais 60 dias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo decidiu prorrogar por mais 60 dias o
afastamento do delegado
Paulo Lacerda da direção
geral da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência).
O despacho com a prorrogação foi publicado na edição de anteontem do "Diário Oficial da União".
Lacerda deixou o cargo
em setembro, no início das
investigações da Polícia
Federal sobre supostas escutas clandestinas envolvendo o STF (Supremo
Tribunal Federal) e o Poder Legislativo.
A Polícia Federal investiga um grampo telefônico
ilegal que captou a conversa do senador Demóstenes
Torres (DEM-GO) com o
presidente do Supremo,
ministro Gilmar Mendes.
Conforme a revista "Veja"
divulgou à época, os dois
tiveram suas conversas
monitoradas por arapongas da Abin.
Com Lacerda, foram
afastados o diretor-adjunto da agência, José Milton
Campana, e o chefe do Departamento de Contra-Inteligência, Paulo Maurício
Fortunato Pinto - o afastamento destes funcionários também foi prorrogado no ato publicado anteontem.
Segundo o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o motivo da prorrogação foi o fato de a Polícia Federal ainda não ter
concluído as investigações
sobre a suposta participação de agentes da Abin em
gravações clandestinas.
O GSI nega haver motivação política na renovação do período de afastamento.
Desde que deixaram a
Abin, Lacerda e seus antigos colaboradores despacham na Secretaria Nacional Antidrogas, em um dos
anexos do Palácio do Planalto.
Texto Anterior: Saída de Lacerda desencadeou atritos entre PF e delegado Próximo Texto: Toque de Midas: Justiça aceita denúncia contra ex-diretor da PF Índice
|