São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002

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Eduardo Jorge defende Jatene de crítica de militantes de esquerda

FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado federal Eduardo Jorge (PT-SP) defendeu o cirurgião Adib Jatene, cotado para o Ministério da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, das críticas de militantes da esquerda.
"Não faço parte, não apóio e acho errado [as críticas". Quem vai escolher é o presidente [Lula". Se ele quiser convidar o Adib, é um ótimo nome. Tem condições técnicas e políticas."
Jorge negou que esteja apoiando o nome de Jatene para o cargo. "Não estou apoiando e não estou participando." Ele elogiou outros cotados para o cargo.
Diante do fortalecimento de Jatene, militantes do setor de saúde intensificaram um movimento em prol da indicação de um nome de esquerda para o cargo nas últimas semanas.
Manifestos foram enviados à equipe de transição, em Brasília.
Jorge, que se licenciou da Secretaria da Saúde de São Paulo, é um dos principais nomes do PT no setor e também já foi cotado para o ministério.

Sinal
Apesar de o deputado negar, pessoas próximas a ele dizem que a licença é sinal de que poderá ocupar cargo no governo de Lula.
Uma "dobradinha" de Jatene e Jorge na saúde, cada um em um escalão, é cogitada por alguns petistas de São Paulo.
O fato de Jatene, diretor-geral do Hospital do Coração de São Paulo, ter sido ministro da Saúde dos governos de Fernando Collor de Mello e de Fernando Henrique Cardoso pesa na rejeição da esquerda.
Mas o principal motivo é o fato de o cirurgião defender idéias consideradas, pela militância, contrárias ao princípio da universalidade do SUS (Sistema Único de Saúde), como o atendimento de pacientes de planos em hospitais públicos.
"A trajetória dele é positiva. Não há 100% de igualdade de opinião. Desaprovo o movimento de hostilização. Ele é um patrimônio da saúde", afirmou Jorge.



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