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PESQUISA
Aprovação do presidente era de 55% em setembro, aponta Ibope
Avaliação de
Lula chega a
62% e é a
maior do ano
LUIS RENATO STRAUSS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A aprovação do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva subiu de 55%
para 62% entre setembro e novembro, diz pesquisa CNI/Ibope
divulgada ontem. A desaprovação foi de 36% para 30%. É a melhor avaliação de Lula no ano,
mas perde para o índice de dezembro de 2003: 66% de aprovação, contra 25% de desaprovação.
A pesquisa foi feita entre 24 e 29
de novembro. Foram ouvidas
2.002 pessoas, maiores de 16 anos,
em 140 municípios. A margem de
erro é de 2,2 pontos percentuais,
para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela CNI
(Confederação Nacional da Indústria), realizada pelo Ibope e
analisada pela MCI Estratégia.
Outro fator positivo foi o aumento da confiança em Lula. A
parcela dos que declararam confiar nele foi de 58% para 63% -o
índice dos que não confiam oscilou de 37% para 33%.
Segundo Armando Monteiro
Neto, presidente da CNI, o crescimento da economia favoreceu a
imagem do presidente. "Não está
contabilizada na pesquisa a expectativa de aumento maior do
PIB [Produto Interno Bruto], de
5%. Isso poderia contribuir ainda
mais para a aprovação", disse.
Monteiro Neto, porém, destaca
que o carisma de Lula é um dos
pontos principais para seu melhor desempenho, pois, sem enfocar a ação direta do presidente, a
avaliação do governo ficou na
margem de erro. O índice dos que
acham o governo ótimo ou bom
oscilou de 38% para 41%, o ruim
ou péssimo, de 19% para 16%, e o
regular, de 40% para 41%.
Para Amaury Teixeira, da MCI,
a população está preocupada com
o que pode acontecer nos próximos seis meses. "A pessoas avaliam bem o trabalho do governo,
mas se mostram cautelosas com
relação ao futuro."
A pesquisa consultou a expectativa dos entrevistados para os
próximos seis meses em relação
ao desemprego (vai aumentar
43%, vai diminuir, 30%, e não vai
mudar, 23%), à renda geral (25%,
23% e 47%, respectivamente) e à
renda pessoal (29%, 15% e 50%,
respectivamente). Os índices permanecem quase inalterados.
A única avaliação com mudança significativa foi sobre a inflação: agora, 52% crêem que vai aumentar, contra 47% em setembro.
Voto
Foi avaliada ainda a intenção de
voto para as eleições de 2006. Em
três listas propostas, só houve
mudança em relação aos candidatos do PSDB -José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Os
demais são: Lula (PT), Anthony
Garotinho (PMDB), Cesar Maia
(PFL) e Heloisa Helena (PSOL).
Só no cenário que inclui Serra
teria segundo turno. O tucano ficaria com 33% dos votos, ante
42% de Lula. Para Monteiro Neto, Serra se beneficia do "rescaldo das
eleições presidenciais de 2002" e
da recente eleição a prefeito.
"Primeiro, queria reiterar que
não vamos colaborar ainda mais
para antecipar o processo eleitoral. Segundo, pesquisa há dois
anos das eleições reflete o jogo
passado. É o Brasileirão de 2002",
disse Alckmin sobre a pesquisa,
que o colocou em segundo lugar,
com 15%, contra 47% de Lula.
O presidente do PT, José Genoino, disse que a pesquisa mostra
que o partido tem de "apoiar o rumo que está rendendo resultado",
num recado aos que criticam a
atual política econômica.
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