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REVOLTA NA BASE
Reunião de hoje tem o objetivo de discutir a pauta de convenção
PMDB governista convoca Executiva
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de declarações desencontradas, a ala governista do
PMDB decidiu ontem convocar
uma reunião da Comissão Executiva Nacional da sigla para hoje, às
11h, com o objetivo de "debater e
deliberar" sobre "a pauta da convenção nacional extraordinária
prevista para 12 de dezembro, incluindo o seu adiamento".
Antes, a informação era que a
reunião da Executiva seria realizada amanhã, por falta de apoio.
Assinam a convocação da reunião de hoje 7 dos 16 integrantes
da Executiva Nacional: Maguito
Vilela (primeiro vice-presidente),
Henrique Eduardo Alves (segundo secretário), Mônica Oliveira
(tesoureira), Jader Barbalho (vogal), Ney Suassuna (vogal), Renan
Calheiros (líder no Senado) e José
Borba (líder na Câmara).
"Só chamaríamos uma reunião
se tivéssemos maioria dentro da
Executiva", diz Renan Calheiros
(CE), defensor da permanência
da sigla na administração Lula. Os
governistas dizem ter de nove a
dez dos 16 votos. Os oposicionistas calculam ter oito votos.
A convenção marcada para domingo tem na sua pauta a entrega
dos cargos que os peemedebistas
têm no governo federal. Além dos
ministérios das Comunicações e
da Previdência, há mais de cem
empregos em órgãos federais espalhados pelo país que são ocupados por apadrinhados de parte
dos 76 deputados e dos 22 senadores da legenda.
Numa ação articulada com o
Planalto, o senador Maguito Vilela (GO) foi ontem a um almoço
com parte da direção do PMDB e
fez uma proposta que soou como
uma ameaça: que todos os deputados e senadores solicitassem a
seus indicados nos Estados que
pedissem demissão nesta semana. Assim, ficaria desnecessária a
convenção do dia 12.
"Devo dizer que é uma proposta
aceitável. Se todos entregarem os
cargos, não é preciso fazer a convenção", disse, fazendo um pouco
de ironia, o deputado Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA), um dos
principais defensores da saída do
PMDB do governo.
PPS
A bancada de deputados federais do PPS decidiu ontem por 15
votos a 2 aprovar um texto em
que defende a permanência da sigla na base de sustentação do governo. O Diretório Nacional do
partido se reúne sábado, no Rio
de Janeiro, para decidir se continua ou não o apoio ao governo.
O presidente nacional do PPS,
deputado Roberto Freire (PE), é o
líder da ala que defende o rompimento com o Planalto. O PPS tem
22 deputados e dois senadores.
O texto dos deputados vai contra o que foi anunciado pelo Diretório Municipal de São Paulo da
sigla, que recomendou o "imediato afastamento dos nossos parlamentares e filiados" da base aliada
do governo. A divisão paulistana
do PPS decidiu anteontem à noite
punir 25 integrantes do partido
por terem descumprido a decisão
da sigla de apoiar o candidato José
Serra na disputa pela Prefeitura
de São Paulo.
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