DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Dirceu (Casa Civil), designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para negociar a reforma ministerial com os partidos, antecipou de segunda para a noite do próximo domingo a reunião com a cúpula do PMDB.
Em conversa preliminar com o presidente do Senado, José Sarney (AP), e com líderes do PMDB, Dirceu acenou com a possibilidade de o partido ficar com o Ministério da Integração Nacional, no lugar de Ciro Gomes, que seria deslocado para o Planejamento.
Nessa hipótese, o atual ministro, Guido Mantega, iria presidir o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em substituição a Carlos Lessa. Mas há outros cenários. Um deles prevê a divisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ocupado hoje por Luiz Fernando Furlan. Ciro ficaria com a pasta do Desenvolvimento. O ministro é cotado até mesmo para a Previdência, hoje ocupada por Ricardo Berzoini, caso o governo retome a idéia de criar o Ministério da Ação Social, que ficaria com o petista.
Além da cúpula do PMDB, o ministro conversou nos últimos dias com dirigentes do PSB e do PP. O líder socialista Eduardo Campos (PE) foi convidado para ser o representante da sigla no ministério Lula, no lugar de Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia). O PP quer um ministério, mas deve se contentar com uma estatal e cargos no segundo escalão.
Caso a Integração Nacional fique com o PMDB, o nome mais cotado é o do senador Garibaldi Alves (RN), apoiado por Sarney.
No final do ano passado, Lula estava inclinado a fazer uma reforma restrita, mas os cenários discutidos por Dirceu apontam uma reforma mais ampla, inclusive com a fusão dos ministérios da Assistência Social, de Benedita da Silva, e Extraordinário de Segurança Alimentar, chefiado por José Graziano. A nova pasta ficaria com Berzoini, e Miro Teixeira (Comunicações) iria para a Previdência. Anderson Adauto (Transportes), cuja saída era dada como certa, pode ficar até abril.


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