São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2004

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MST considera nš de mortes "espantoso"

DA AGÊNCIA FOLHA

O coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Paulo Rodrigues rotulou de "espantoso" o número de 42 assassinatos resultantes de conflitos fundiários e disse que as ações do governo federal "deixaram a desejar".
"O governo que prometeu morte zero no campo precisa tomar uma atitude. Primeiramente, precisa fazer a reforma agrária e depois pensar em fazer a tal reforma agrária pacífica", afirmou Rodrigues.
O presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Antônio Ernesto de Salvo, também avalia que a violência se deve à "ausência do Estado": "Atribuo ao governo atual uma leniência e uma tolerância que podem ter induzido o crescimento das invasões, que, em seu conjunto, causam reações. É a falta do Estado, de forma atuante".
Segundo o coordenador do MST, as 222 invasões de terra em 2003 "podem ser consideradas normais", devido à quantidade de acampados -cerca de 200 mil famílias no país.
Também para o presidente da CNA havia a expectativa de que 2003 seria um ano "muito mais" violento no campo. "O tamanho da encrenca com certeza não é desejável, mas esperava-se muito mais no primeiro ano de Lula." (EDS)


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