São Paulo, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2004

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FOME ESCOLAR

São Bernardo cortou 15% da merenda escolar

Escola municipal em SP divide pão ao meio

Daniel Guimarães/Folha Imagem
Vânia e sua filha Giovânia, que sai do colégio com fome


DO PAINEL

Os problemas com a merenda escolar no Brasil não se limitam aos grotões subdesenvolvidos. Em São Bernardo do Campo (ABC paulista), município onde o presidente Lula tem um apartamento, a prefeitura decidiu no ano passado reduzir em 15% o fornecimento de merenda aos alunos da rede pública.
Relatório do Ministério Público Federal revela o que essa decisão polêmica provocou: os merendeiros não permitem a repetição do lanche, quase não há frutas nem legumes e o pão com salsicha é servido pela metade para render mais.
"Minha filha chega em casa morrendo de fome", reclama Vânia Patrícia da Silva, cuja primogênita, Giovânia, de 10 anos, estuda numa escola da prefeitura.
"Se a situação não melhorar no início do ano letivo, vamos à Justiça obrigar a prefeitura a dar uma merenda digna", diz o procurador Márcio Araújo.


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