São Paulo, domingo, 09 de abril de 2000


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PAINEL

Plano de vôo

O governo fechou posição sobre o futuro da aviação civil: há excesso de oferta e o mercado só se sustentará se uma das quatro grandes companhias aéreas for excluída. O BNDES estuda a fórmula de viabilizar a fusão.

Rota definida

A TAM, das quatro companhias, é a única que trabalha com Fokker e Airbus. Está descartada da reorganização do setor. Ela se dará entre Varig, Vasp e Transbrasil, que operam com Boeing. A Varig, de todas, é a que tem melhor saúde financeira. A Vasp está no sufoco.


Enfim, sós

FHC e o ex-governador paulista Orestes Quércia (PMDB) encontraram-se recentemente, à noite e por longas horas, no Palácio do Alvorada.

Ternura súbita

Desde o encontro com FHC, Quércia mudou de posição em relação ao governo federal. Tem evitado, por exemplo, frequentar as reuniões da ala do partido que defende a oposição dos peemedebistas ao Planalto.

Fera ferida

Pule de 10: ACM volta a Brasília no início da semana tão eloquente quanto viajou na sexta-feira para a Bahia. FHC, e não só Jader Barbalho, que se cuide.

Parabéns a você

O ritmo de construção da fábrica da Ford na Bahia é de 30 mil m2 por mês. Está dentro do cronograma. O primeiro carro deve sair dia 4 de setembro de 2001. No aniversário de ACM.

Sai de baixo

Na guerra pela sucessão no Congresso, o PMDB pode até trocar a presidência do Senado pela da Câmara. Neste caso, Jader tem até nome para o cargo: o de Geddel Vieira Lima (BA).

Um sopro a favor

Pesquisa do Planalto: entre março e abril subiu de 16% para 21% o índice dos que consideram o governo FHC "ótimo ou bom". O de "regular" caiu de 49% para 44%. O de "ruim e péssimo" ficou igual: 35%.


Fatura liquidada

Está decidido: o BNDES não financiará os bancos nacionais interessados em comprar o Banespa. Até o ministro José Serra (Saúde), que defendia a medida, mudou de posição. Não está descartado outro tipo de ajuda.

Sinais trocados

Interpretadas como senha para a abertura do cofre, as declarações de FHC no exterior foram apenas resposta às pressões políticas que vêm recebendo. Mas a ordem para o BNDES é uma só: nada de dinheiro.

Factóide na cabeça

O anúncio oficial não sai já, mas está praticamente acertada a coligação entre PTB e PSDB para a sucessão da prefeitura carioca. Com o ex-prefeito Cesar Maia na cabeça e o tucano Ronaldo Cezar Coelho como vice. Hoje adversários, ambos já vivem em clima de lua-de-mel.

Aquecimento

Nelson Biondi, publicitário de Paulo Maluf, vem sondando especialistas em marketing político que trabalharam em campanhas do ex-prefeito paulistano. Maluf diz que só decide se disputará a eleição em maio.

Pé na tábua

Apesar da guerra em que se meteu, a ex-primeira-dama Nicéa Pitta continua usando dois dos carros do PPB, o partido de seu desafeto Paulo Maluf.

Sinal de alerta

Estão mais do que tensas as relações entre Rubens Approbato e o conselho da OAB de São Paulo. O presidente da entidade já foi avisado de que não será acompanhado pela Ordem na ameaça que fez de pedir o afastamento de Pitta por via judicial caso o impeachment na Câmara termine em pizza.

Solução caseira

Luiz Antonio de Medeiros deverá ser o vice de Romeu Tuma (PFL), caso o senador não obtenha o apoio de outras legendas. Tuma conversa com PL e PMDB, mas ainda enfrenta resistências das lideranças do PFL no Estado, que preferem apoiar Geraldo Alckmin (PSDB).

TIROTEIO



De Luiza Erundina (PSB), ironizando declarações de Marta Suplicy (PT), para quem a ex-prefeita tem experiência, mas não tem os quadros necessários para governar São Paulo:
- A gente pode mudar a sede da prefeitura para o Masp.

CONTRAPONTO

Crime e castigo partidário
No dia seguinte ao embate entre Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) subiu à tribuna para comentar o incidente.
Simon cobrou da Justiça a apuração das denúncias que ACM e Jader Barbalho apresentaram um contra o outro na sessão de quarta passada.
Horas depois, Simon recebeu um telefonema do presidente do PMDB. Após os cumprimentos de praxe, o gaúcho perguntou se Jader não havia gostado de sua intervenção.
- Você vai ter de me pagar uma prenda - disse Jader.
- Qual? - indagou Simon.
- Me representar num seminário do PMDB -respondeu o paraense.
Simon respirou aliviado:
- Tudo bem. É só dizer quando e onde?
E Jader:
- Domingo (hoje), em Porto Velho (RO).
Simon desligou o telefone e comentou:
- É, ele não gostou!


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