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PREVIDÊNCIA
Funcionários pedem arquivamento de projeto
Sindicatos obtêm adesão parcial de servidores a protestos contra PL-9
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
Servidores públicos federais espalhados pelo país protestaram
ontem contra a estratégia do governo de levar adiante a tramitação do PL-9 (projeto de lei que autoriza a criação de fundos de pensão para novos servidores). Essa
foi a primeira manifestação dos
servidores no governo Lula.
Embora anunciada inicialmente como uma greve de 24 horas, a
mobilização acabou sendo marcada por paralisações parciais,
atos de protesto e debates.
Em Brasília, os manifestantes
entregaram ao Ministério do Planejamento um abaixo-assinado
com cerca de 15 mil assinaturas
pedindo o arquivamento do PL-9.
Segundo a CNESF (Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais), levantamento preliminar dos Estados mostra
que servidores paralisaram parcialmente suas atividades.
Ontem à noite, a coordenação
se preparava para uma reunião
para dimensionar a adesão dos
servidores ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência -
como foi batizada a data.
Houve protesto na Esplanada
dos Ministérios e um ato em auditório na Câmara. Cerca de 300
servidores estiveram na Casa para
protestar e foram recebidos por
parlamentares radicais do PT, como os deputados Babá (PA) e
Ivan Valente (SP) e a senadora
Heloísa Helena (AL).
O presidente da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior),
Luiz Carlos Gonçalves Lucas, disse que 20 universidades no país
paralisaram as atividades.
Em São Paulo, apenas 20 servidores do INSS participaram da
manifestação contra o PL-9. Segundo o Sinsprev (Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde e Previdência Social), a greve de ônibus,
que ocorreu ontem na cidade,
prejudicou a mobilização.
À tarde, cerca de 200 servidores
da Justiça Federal, auditores da
Receita e funcionários do BC fizeram uma manifestação em frente
ao Fórum da Justiça Federal, pedindo o arquivamento do projeto.
Ainda houve paralisações e protestos esparsos em outros cinco
Estados. No Ceará, um protesto
no centro de Fortaleza reuniu cerca de mil servidores. No RS, houve paralisação total no posto central do INSS em Porto Alegre. Os
servidores da Justiça do Trabalho
pararam por 24 horas. Houve paralisação parcial em duas universidades e na Justiça Eleitoral.
Em Santa Catarina, um protesto
reuniu cerca de 500 servidores em
frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho. Funcionários do
INSS e da UFSC cruzaram os braços durante todo o dia.
Em Pernambuco, não funcionaram os serviços ambulatoriais de
quatro grandes hospitais do Recife. Ficaram também sem serviço
seis postos de saúde da capital e
95% dos postos do INSS. Em MS,
os servidores da Previdência e da
Universidade Federal do Estado
fizeram paralisações.
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