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São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003

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PREVIDÊNCIA

Funcionários pedem arquivamento de projeto

Sindicatos obtêm adesão parcial de servidores a protestos contra PL-9

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

Servidores públicos federais espalhados pelo país protestaram ontem contra a estratégia do governo de levar adiante a tramitação do PL-9 (projeto de lei que autoriza a criação de fundos de pensão para novos servidores). Essa foi a primeira manifestação dos servidores no governo Lula.
Embora anunciada inicialmente como uma greve de 24 horas, a mobilização acabou sendo marcada por paralisações parciais, atos de protesto e debates.
Em Brasília, os manifestantes entregaram ao Ministério do Planejamento um abaixo-assinado com cerca de 15 mil assinaturas pedindo o arquivamento do PL-9.
Segundo a CNESF (Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais), levantamento preliminar dos Estados mostra que servidores paralisaram parcialmente suas atividades.
Ontem à noite, a coordenação se preparava para uma reunião para dimensionar a adesão dos servidores ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência - como foi batizada a data.
Houve protesto na Esplanada dos Ministérios e um ato em auditório na Câmara. Cerca de 300 servidores estiveram na Casa para protestar e foram recebidos por parlamentares radicais do PT, como os deputados Babá (PA) e Ivan Valente (SP) e a senadora Heloísa Helena (AL).
O presidente da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Luiz Carlos Gonçalves Lucas, disse que 20 universidades no país paralisaram as atividades.
Em São Paulo, apenas 20 servidores do INSS participaram da manifestação contra o PL-9. Segundo o Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social), a greve de ônibus, que ocorreu ontem na cidade, prejudicou a mobilização.
À tarde, cerca de 200 servidores da Justiça Federal, auditores da Receita e funcionários do BC fizeram uma manifestação em frente ao Fórum da Justiça Federal, pedindo o arquivamento do projeto.
Ainda houve paralisações e protestos esparsos em outros cinco Estados. No Ceará, um protesto no centro de Fortaleza reuniu cerca de mil servidores. No RS, houve paralisação total no posto central do INSS em Porto Alegre. Os servidores da Justiça do Trabalho pararam por 24 horas. Houve paralisação parcial em duas universidades e na Justiça Eleitoral.
Em Santa Catarina, um protesto reuniu cerca de 500 servidores em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho. Funcionários do INSS e da UFSC cruzaram os braços durante todo o dia.
Em Pernambuco, não funcionaram os serviços ambulatoriais de quatro grandes hospitais do Recife. Ficaram também sem serviço seis postos de saúde da capital e 95% dos postos do INSS. Em MS, os servidores da Previdência e da Universidade Federal do Estado fizeram paralisações.


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