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Presidente evitou
comentar política
cubana em 2003
DA REDAÇÃO
"Não é boa política um
chefe de Estado se meter em
assuntos internos de outro
país." A declaração é do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e foi feita pouco antes
de sua visita a Cuba, em 26
de setembro de 2003.
Na época, Lula recebeu
pressões internacionais para
interceder pela liberdade
dos presos políticos na ilha.
Em sua passagem por Cuba,
porém, o presidente brasileiro poupou Fidel Castro das
críticas públicas.
A atitude acabou sendo
criticada durante manifestação contra a violação dos direitos humanos, realizada
pela ONG Repórteres Sem
Fronteiras, em Paris.
Após as críticas, Lula disse:
"Eu conversei quase duas
horas com Fidel sobre a
questão dos prisioneiros.
Acontece que fui a Cuba como chefe de Estado e as boas
maneiras indicam que ele
não dê palpite na política de
outro país. Respeito é bom,
eu dou e gosto de receber".
Durante conversa particular com o ditador cubano, o
presidente Lula teria recomendado a Fidel a abertura
política da ilha.
A idéia de não interferir
em Cuba não era nova entre
os petistas. Cerca de um ano
antes, o atual chefe da Casa
Civil, José Dirceu, disse:
"Nós não cuspimos no prato
em que comemos. Eu sou
solidário ao povo cubano e
defendo a autodeterminação de Cuba, como o PT defende, e o fim das medidas
que têm sido adotadas contra a economia de Cuba".
Lula é amigo do ditador Fidel Castro desde 1980, quando se conheceram em Manágua (Nicarágua), na comemoração do primeiro aniversário da revolução sandinista. Em 1995, Fidel foi à casa de Lula em São Bernardo
do Campo.
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