DA REDAÇÃO

Segundo o ex-assessor da Presidência da República, Frei Betto, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil tem a "obrigação moral e política de apoiar a revolução cubana". Já o professor emérito de filosofia da USP, Ruy Fausto, disse ter ficado "muito contente com a declaração".
"O governo brasileiro é amigo de Cuba, é um aliado. Acho que o Brasil tem que ajudar Cuba e tem a obrigação moral e política de apoiar a Revolução Cubana", afirmou Frei Betto. Essa ajuda, para ele, deveria ser três frentes.
Primeiramente, na pressão sobre os Estados Unidos para que seja suspenso o bloqueio econômico imposto a Cuba. Depois, o governo deveria pressionar pela retirada da base militar dos EUA de Guantánamo. Por último, o Brasil deveria aumentar o número de convênios com Cuba.
O ex-assessor de Lula estará em Cuba a partir de domingo, a convite do ditador Fidel Castro.
Ruy Fausto, por sua vez, disse ter ficado "muito contente" com a declaração. "Finalmente Lula diz alguma coisa que implica afirmar que não há democracia em Cuba", disse. E acrescentou: "Combinar a crítica ao castrismo com a crítica à política de Bush dará ao Brasil uma verdadeira posição de liderança entre as forças realmente democráticas que existem no mundo".
Segundo o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, que esteve ontem em São Paulo, a ajuda a Cuba só deverá ser feita "se houver o interesse de Cuba".


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