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ELEIÇÕES
Decisão do partido sobre quem disputará prefeitura sai este mês
Maluf fala em reunião do PPB como candidato
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito Paulo Maluf não
assume publicamente, mas já fala
como candidato à sucessão de
Celso Pitta. Ontem, depois de
uma reunião com membros das
bancadas estadual e federal e da
executiva do PPB, Maluf disse que
a decisão do partido ficará para o
fim do mês.
"Este é um assunto que o partido vai definir. Eu sou um guerreiro e um homem de partido", afirmou o ex-prefeito. E completou:
"Sigo muito a canção do Tamoio,
do poeta Gonçalves Dias, que dizia "a vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos,
só pode exaltar'".
O ex-prefeito negou que o encontro tenha tratado da sucessão
municipal e disse que o objetivo
da reunião foi "uniformizar o discurso dos candidatos a prefeito da
legenda nas cidades com mais de
100 mil habitantes".
Nesse sentido, segundo Maluf, o
PPB fará duas cartilhas, uma voltada para a questão da segurança
e outra para o trabalho, que deverão nortear as discussões dos candidatos pepebistas.
O ex-prefeito disse que seu candidato "é o (deputado federal)
Delfim Netto". Este, por sua vez,
retribuiu. "E o meu, é ele."
Maluf, porém, fez propaganda
do próprio nome. "Adoro São
Paulo, tenho meus quatro filhos,
noras e genros e 11 netos nesta cidade. O que eu puder fazer na minha vida para que São Paulo continue sendo a cidade dos sonhos
de todos, eu farei".
Ele evitou comentar um possível vazio na ala de centro-direita
caso não saia candidato. "Esquerda e direita, no mundo todo, são
apenas sinais de trânsito. O que
vale é a eficiência, a competência,
o estudo e o princípio de autoridade, que é fundamental em qualquer tipo de administrador."
Depois, para reforçar sua predisposição em uma eventual candidatura à prefeitura, voltou a
afirmar que adora São Paulo,
"mas é o partido que vai decidir
quem tem de estar na disputa. Este partido ama São Paulo".
Maluf só mudou de tom quando questionado se vai depor no
Ministério Público sobre as investigações de superfaturamento nas
obras do túnel Ayrton Senna.
"Não existe superfaturamento.
O Ministério Público já investigou
duas vezes e constatou que não há
nada", disse. "Isso é invenção do
ano 2000, porque é eleitoral. No
ano 2001, esquece-se de novo."
E concluiu: "Pode ter havido
prefeito tão honesto quanto o
Maluf, mas, mais do que ele, não."
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