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MÍDIA
Texto divulgado por entidades condena interferência do Estado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Nelson Sirotsky, entregou ontem ao ministro Tarso
Genro (Justiça) o documento "Manifesto pela Liberdade de Expressão", durante a
2ª Conferência Legislativa
sobre Liberdade de Imprensa, realizada na Câmara.
No texto, ANJ, Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e
Aner (Associação Nacional
de Editores de Revistas), entre outras entidades, criticam a falta de condições para
o exercício do jornalismo em
Cuba e na Venezuela e condenam "a interferência do
Estado no livre fluxo de informações e opiniões".
O evento foi promovido
pela ANJ e pela Unesco em
comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio.
Sobre o Brasil, o documento reconhece a existência de
"legislação garantidora" de
liberdade de imprensa, mas
adverte sobre "iniciativas
isoladas" que seriam uma
"ameaça", como a possibilidade de o governo criar uma
agência para "legislar sobre o
conteúdo publicitário".
Na abertura da conferência, Nelson Sirotsky também
mencionou a morte do publisher da Folha, Octavio
Frias de Oliveira, ocorrida
no último dia 29. Frias foi
"símbolo da imprensa livre e
independente que hoje festejamos", disse.
Tarso disse que a Polícia
Federal pode ajudar a investigar o assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho. "Foi uma insanidade. E
tem o agravante de ele estar
ajudando o poder público na
luta contra a corrupção."
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