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Palocci nega ter
divergências
com a Casa Civil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) negou ontem que
haja divergências entre ele e o ministro José Dirceu (Casa Civil).
Afirmou que o papel do ministro
Dirceu para a aprovação das reformas tem sido fundamental e
disse que quando vai ao Congresso defender propostas da equipe
econômica trabalha sob sua
"coordenação e comando".
Palocci ressaltou também que
Dirceu tem demonstrado permanente empenho na questão do salário mínimo. "Aliás, minha própria participação na Câmara [em
relação ao salário mínimo] ou em
outros temas, quando para auxiliar a política econômica do governo, faço sempre sob a coordenação e o comando do ministro
José Dirceu e do ministro Aldo
[Rebelo, Coordenação Política],
que estão trabalhando de forma
muito correta, muito boa."
O governo federal propôs o reajuste do salário mínimo neste ano
para R$ 260, enquanto a oposição
e alguns parlamentares da base
aliada queriam elevar o mínimo
para R$ 275. A medida provisória
fixando o valor de R$ 260 já foi
aprovada na Câmara, mas ainda
precisa passar no Senado.
Para Palocci, é "uma grande injustiça dizer que o ministro José
Dirceu não está ajudando" na
adoção de medidas direcionadas
ao equilíbrio econômico. Segundo ele, no ano passado, o trabalho
de Dirceu foi essencial para aprovação das reformas que garantirão o equilíbrio fiscal do país, como a tributária e a da Previdência
Social. "O ministro José Dirceu
ocupou lugar de destaque na
coordenação desse trabalho. Então dizer que o ministro José Dirceu não contribui para esse trabalho seria uma grande injustiça."
De acordo com o ministro da
Fazenda, "sem a coordenação do
ministro José Dirceu nas reformas do ano passado, talvez não tivéssemos conseguido o equilíbrio
econômico no curto prazo."
Apesar dos elogios a Dirceu, o
ministro da Fazenda ressaltou
que "às vezes existem idéias diferente, mas isso faz parte da riqueza do pensamento do Brasil".
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