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CORRUPÇÃO
Auditor responsável por investigação de contrabando sofreu atentado em abril
Receita afasta técnicos investigados
em Foz do Iguaçu
Pelo menos nove técnicos do Tesouro Nacional da Delegacia da
Receita Federal em Foz do Iguaçu
(PR) foram afastados dos trabalhos externos e estão exercendo
funções burocráticas. Eles integram o grupo que estava sendo investigado pelo auditor-chefe da
Receita, Jackson Alvir Corbari.
O auditor investigava o envolvimento de funcionários da Receita
Federal e transportadoras em um
"esquema de notas frias" na
fronteira entre Brasil e Paraguai.
Corbari sofreu um atentado em
abril, e a casa de seus pais em Santa
Catarina foi invadida. O secretário
nacional da Receita, Everardo Maciel, que esteve em Foz do Iguaçu
com uma equipe especializada do
órgão logo após o atentado, afastou Corbari da cidade. A Polícia
Federal está investigando o caso.
A delegada da Receita Federal
Maria Angélica Toledo de Castro,
que afastou os técnicos, está viajando e ninguém quis comentar a
transferência.
O delegado José Aderlei de Souza, da Delegacia Regional de Julgamento, ligada à Receita Federal,
mas subordinada à Secretaria da
Fazenda, confirmou ontem que alguns técnicos foram transferidos
para sua delegacia.
A maioria dos investigados por
Corbari pediu licença e outros ainda serão transferidos.
Atentado
Corbari sofreu o atentado no dia
24 de abril, em seu carro, quando
foram disparados oito tiros.
O chefe do setor de criminalística da Polícia Civil de Foz do Iguaçu, Amaury Pereira Rosa, disse
que a arma utilizada pelos autores
do atentado foi uma pistola calibre
380. "Acredito que houve tentativa de homicídio", disse.
Pouco depois de assumir suas
funções na delegacia, em 1996,
Corbari descobriu um esquema de
"notas frias", que contava com a
participação de funcionários da
Receita e transportadoras para
passar contrabando pela ponte Internacional da Amizade, que liga o
Brasil ao Paraguai.
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