São Paulo, sábado, 09 de julho de 2005

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Empresa teria interesse em mudar lei

DA SUCURSAL DO RIO

Maior operadora de telefonia fixa brasileira, a Telemar atua em 16 Estados no Norte, Nordeste e Sudeste e faturou 15,8 bilhões em 2004, com um lucro de R$ 751 milhões. A companhia tem 15,1 milhões de linhas fixas em serviço e 7,3 milhões de celulares em operação, sob sua subsidiária Oi.
Controlada por acionistas privados como Andrade Gutierrez, La Fonte e GP, a empresa também tem como sócios a BNDESPar (empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com 25% das ações ordinárias, duas seguradoras do Banco do Brasil e fundos de pensão de estatais.
A maior parte desses acionista está no controle da empresa, uma cisão do antigo Sistema Telebrás, desde sua privatização em 1998. Fora do bloco de controle por decisão da Anatel, o Opportunity também é sócio da Telemar.
Na época da privatização, o consórcio vencedor da chamada Tele Norte Leste causou surpresa no mercado, já que era dada como certa a vitória da espanhola Telefónica, que ficou com a concessionária de São Paulo.
Atualmente, a Telemar, segundo informações reservadas de acionistas da companhia, negocia com o Citibank e fundos de pensão a compra da Brasil Telecom, operadora de telefonia fixa do Sul, Centro-Oeste, Acre e Rondônia.
Para concretizar a operação, precisaria recorrer ao governo, já que a Lei Geral de Telecomunicações, de 1997, proíbe que um mesmo grupo controle duas operadoras fixas. Por isso, o Opportunity, que fazia parte do controle da Brasil Telecom (do qual foi recém-destituído), teve de se afastar do bloco controlador da Telemar.
Outro eventual interesse da Telemar seria barrar a venda das licenças para a telefonia de terceira geração, que a Anatel quer levar a leilão neste ano. A empresa já disse que a nova tecnologia só atenderá aos interesses da Vivo, que utiliza uma tecnologia anterior à GSM, usada pela Oi e outras operadoras. A Vivo opera em CDMA.
O presidente da Oi, Luís Falco, afirmou que o plano da Anatel de licitar as freqüências de terceira geração (3G) ainda neste ano "é um delírio completo" e que seu objetivo é apenas "resolver o problema" da Vivo.


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