|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Empresa teria interesse em mudar lei
DA SUCURSAL DO RIO
Maior operadora de telefonia fixa brasileira, a Telemar atua em 16
Estados no Norte, Nordeste e Sudeste e faturou 15,8 bilhões em
2004, com um lucro de R$ 751 milhões. A companhia tem 15,1 milhões de linhas fixas em serviço e
7,3 milhões de celulares em operação, sob sua subsidiária Oi.
Controlada por acionistas privados como Andrade Gutierrez,
La Fonte e GP, a empresa também
tem como sócios a BNDESPar
(empresa de participações do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com
25% das ações ordinárias, duas
seguradoras do Banco do Brasil e
fundos de pensão de estatais.
A maior parte desses acionista
está no controle da empresa, uma
cisão do antigo Sistema Telebrás,
desde sua privatização em 1998.
Fora do bloco de controle por decisão da Anatel, o Opportunity
também é sócio da Telemar.
Na época da privatização, o
consórcio vencedor da chamada
Tele Norte Leste causou surpresa
no mercado, já que era dada como certa a vitória da espanhola
Telefónica, que ficou com a concessionária de São Paulo.
Atualmente, a Telemar, segundo informações reservadas de
acionistas da companhia, negocia
com o Citibank e fundos de pensão a compra da Brasil Telecom,
operadora de telefonia fixa do Sul,
Centro-Oeste, Acre e Rondônia.
Para concretizar a operação,
precisaria recorrer ao governo, já
que a Lei Geral de Telecomunicações, de 1997, proíbe que um mesmo grupo controle duas operadoras fixas. Por isso, o Opportunity,
que fazia parte do controle da
Brasil Telecom (do qual foi recém-destituído), teve de se afastar
do bloco controlador da Telemar.
Outro eventual interesse da Telemar seria barrar a venda das licenças para a telefonia de terceira
geração, que a Anatel quer levar a
leilão neste ano. A empresa já disse que a nova tecnologia só atenderá aos interesses da Vivo, que
utiliza uma tecnologia anterior à
GSM, usada pela Oi e outras operadoras. A Vivo opera em CDMA.
O presidente da Oi, Luís Falco,
afirmou que o plano da Anatel de
licitar as freqüências de terceira
geração (3G) ainda neste ano "é
um delírio completo" e que seu
objetivo é apenas "resolver o problema" da Vivo.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Parceria faz parte de estratégia, diz empresa Índice
|