São Paulo, quinta-feira, 09 de julho de 2009 |
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PAINEL RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Emenda Kassab
Articulação do DEM, partido de Gilberto Kassab,
conseguiu derrubar do projeto de reforma eleitoral
sobre o qual a Câmara se debruçava ontem a permissão de propaganda em muros. Da forma como estava,
o texto de Flávio Dino (PC do B-MA) revogava, na
prática, a Lei Cidade Limpa, marca distintiva da atual
gestão paulistana. Segundo o o artigo 41, a permissão
não poderia "ser cerceada" e nem "ser objeto de multa
sob a alegação de violação de posturas municipais". Adeus, janela. Alguns deputados "sem ambiente" em seus atuais partidos ainda tentaram articular a apresentação de emenda abrindo brecha para a troca até seis meses antes da eleição. Nada feito. Ninguém mais acredita que haverá outra oportunidade de aprovar qualquer tipo de janela de infidelidade. Upgrade. Pela proposta original do deputado Flávio Dino (PC do B-MA), haveria restrições ao uso de redes sociais na campanha. Também não estava liberada a transmissão de entrevistas e debates nos sites dos candidatos. Coube à dupla Paulo Teixeira (PT-SP) e Manuela D'Ávila (PC do B-RS) ajudar a refazer as definições nos artigos referentes à internet para ampliar seu uso. Saco de dormir. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), fez questão de advertir os deputados desde cedo de que a sessão para tratar das novas regras eleitorais seria longa: "É bom os senhores se prepararem para passar a noite aqui". Disponível. Os defensores do retorno de Aldo Rebelo (PC do B-SP) ao comando da articulação política do governo, que deverá ficar vago com a ida de José Múcio para o Tribunal de Contas da União, argumentam que o substituto do ministro tem de desistir de disputar as eleições no ano que vem. E Aldo já deixou claro, em conversas com aliados, que não gostaria de buscar novo mandato de deputado. Clonagem 1. O ato secreto do Senado que concedeu aumento salarial para 40 chefes de gabinetes de secretarias, anulado anteontem, foi duplicado nove dias depois de sua edição, em dezembro de 2006. O então diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, despachou boletim com o mesmo ato número 30. Clonagem 2. No segundo ato de número 30, a Casa criou uma superestrutura para a Secretaria de Estágios, algo comparável à gigantesca massa da Gráfica do Senado. O setor de Estágios foi chefiado por Sânzia Maia, mulher do então diretor-geral Agaciel Maia. Ali ele passou a despachar depois de perder o cargo. Padrinhos mágicos. A operação para inflar a Secretaria de Estágios teve a chancela de senadores à época instalados na Mesa Diretora: Renan Calheiros (PMDB-AL), Efraim Morais (DEM-PB), João Alberto (PMDB-MA), Serys Slhessarenko (PT-MT), Papaléo Paes (PSDB-AP) e Aelton Freitas (PR-MG). Efeito dominó. Ontem, a direção do Senado determinou a exoneração do "agaciboy" Luiz Augusto da Paz Júnior, que pilotava uma das diretorias da Gráfica. A família Paz era exemplo de nepotismo no Senado até a edição, no ano passado, da súmula do Supremo Tribunal Federal. Unanimidade. De um senador do PT, sobre a nota em que o partido faz contorcionismo verbal para tentar explicar, pela enésima vez, sua posição a respeito da permanência ou não do presidente da Casa: "De uma só tacada, conseguimos desagradar os eleitores, o Lula, o Sarney e o PMDB. É um desastre". com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO Tiroteio "Não vão instalar a CPI no grito. Na base ninguém treme com grito." Do líder do governo no Senado, ROMERO JUCÁ (PMDB-RR), sobre os protestos da oposição contra as manobras para adiar indefinidamente a investigação da Petrobras. Contraponto Competência reconhecida
Um dos pontos mais acalorados do debate sobre a reforma eleitoral foi liberar ou não a propaganda em muros
e a instalação de outdoors durante a campanha. |
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