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Para tucano, acordo
beneficia campanha
RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para a campanha de José Serra,
o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) ajuda sobretudo porque retira grande parte do componente emocional da
eleição e evita manifestações como a de que o governo vive um final "melancólico" feita por Anthony Garotinho (PSB) no debate
da TV Bandeirantes.
O episódio do acordo com o
FMI é ilustrativo dos desencontros que ocorrem na campanha
de Serra. Exemplo: o sociólogo
Antônio Lavareda era um crítico
da idéia de colar a imagem do
candidato à do presidente Fernando Henrique Cardoso. Só que
ele não sabia, como Serra, que o
governo iria fechar um acordo
com o FMI.
O conhecimento das negociações que o governo mantinha
com o FMI permitiu que Serra
sempre tivesse feito uma defesa
enfática do acordo, sob o argumento de que ele eliminaria incertezas sobre o futuro da economia
que poderiam prejudicar o emprego no Brasil. Foi a certeza de
que o acordo sairia que levou Serra a fustigar adversários que apostariam no "quanto pior melhor".
Do ponto de vista de Serra, o
acordo é bom também por não
impor nenhum sacrifício adicional ao país e por dar estabilidade
de pelo menos um ano para o próximo governo. O apoio incondicional dado por Serra ao acordo
será explorado na campanha, que
tentará fazer um contraponto às
posições nem sempre firmes dos
adversários.
Mudança
Por maior que seja o discurso
sobre a questão, sua equipe garante que não será maior do que o
discurso da mudança.
Pode ser, mas ontem o líder do
PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães (BA), comemorava o desfecho da negociação com
o FMI: "Quando o governo acerta,
é óbvio que nos ajuda", disse.
Os tucanos julgam que "três pilares" da candidatura de Ciro Gomes (PPS) foram atingidos: credibilidade, competência e modernidade. "É ácido sulfúrico para
qualquer candidatura", diz Jutahy
Magalhães.
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