São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2004

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PAINEL

Dirceu 1999
"Fernando Henrique dirige um governo chantageado." José Dirceu, então presidente do PT, não fazia restrição à imprensa, atribuindo as dificuldades do Planalto no episódio do grampo da Telebrás a uma "disputa intestina" na base governista.

Dirceu 2004
"O que não pode no país, seja imprensa, seja parlamentar, seja promotor, é usar informações sigilosas e ficar por isso mesmo." Hoje, o chefe da Casa Civil defende o controle da imprensa, diante das acusações a Henrique Meirelles, presidente do BC.

Agenda preventiva
Eduardo Suplicy quer promover amanhã um encontro entre o petista José Mentor, relator da CPI do Banestado, e Cássio Casseb. É para negociar o depoimento do presidente do BB.

Pauta acumulada
Os governadores tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin devem conversar com Antonio Palocci para tratar de negociações pendentes que vão desde a unificação da legislação do ICMS às Parcerias Público-Privadas.

Pai herói
Em café da manhã comemorativo do Dia dos Pais, funcionários do Planalto receberam porta-cartões e camiseta com a logomarca governamental "Brasil: um país de todos", patrocinados pelo BB. O país é de todos, mas o banco virou o paizão do PT.

Chapa quente
Em Minas, onde esteve na sexta, Lula culpou FHC por não investir nas Forças Armadas. O petista contou que o chanceler Celso Amorim perdeu documentos quando sua pasta queimou devido a superaquecimento do piso de um avião da FAB.

Gaveta cheia
Há no país 327 ações para a reabertura de bingos, 225 delas em São Paulo. Como o STF considerou a jogatina assunto federal, devem ir para o arquivo.

Batalha da saúde
Dos R$ 60,8 mi destinados em seus Orçamentos de 2001 a 2003 para novos postos de saúde e hospitais em São Paulo, Marta Suplicy gastou R$ 9 mi na reforma das unidades já existentes, o que deu origem ao bordão "leito zero", criado pelos tucanos.

Outro lado
A prefeitura petista argumenta que deu prioridade ao programa Saúde da Família, que teria recebido R$ 202,8 mi apenas em 2002. E rejeita a acusação de não ter criado novos leitos na cidade. Alega ter aumentado a quantidade disponível com reformas.

Casamento de fachada
Nem bem transcorreu o primeiro mês da campanha eleitoral e dirigentes peemedebistas, Orestes Quércia e Michel Temer incluídos, já pularam fora da campanha de Luiza Erundina (PSB) à Prefeitura de São Paulo.

Cada um na sua
Quércia tentou palpitar no marketing. Erundina não aceitou, e ele não move palha para ajudá-la. Temer, que desde o início torceu o nariz para a aliança, "só não cai fora porque agora é tarde demais", na explicação de um peemedebista.

Salve-se quem puder
Os seis peemedebistas da Câmara buscam a reeleição com recursos próprios. Sem dinheiro, boa parte dos postulantes do PSB apenas cumpre tabela, ciente de que, na coligação proporcional, o PMDB abocanhará quase todas as vagas.

Reunião de tropas
Com as baixas imprimidas pelo PT à coligação de José Serra, o PSDB vai antecipar a inauguração de um comitê suprapartidário. Abandonados por parte do PPS, os tucanos prevêem o apoio de dissidentes que iriam do PTB ao PDT de Paulinho.

TIROTEIO

Do procurador de Justiça Airton Florentino de Barros, presidente do Movimento do Ministério Público Democrático, sobre o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, ter dito que o Conselho Federal de Jornalismo vai coibir excessos:
-A imprensa não pode ser vítima do governo que se diz democrático. Se há abusos, há instrumentos legais para coibi-los. Não se pode admitir ingerência política sobre a imprensa.

CONTRAPONTO

Pior a emenda

Em julho de 2001, o então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou sua última Caravana da Cidadania pelo interior do país, expediente que ele havia utilizado nas campanhas de 1994 e 1998.
Durante 15 dias, o petista percorreu 22 cidades do Sul visitando iniciativas de agricultura familiar. Natural de Pernambuco e acostumado ao calor nordestino, ele sofreu com as baixas temperaturas do inverno sulista.
Até que, em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, o dono do hotel em que Lula se hospedava providenciou um cobertor elétrico na tentativa de agradar ao visitante ilustre.
Lula hesitou, mas decidiu aceitar a gentileza. No dia seguinte, assessores queriam saber se o equipamento funcionara:
-Funcionou tanto que acordei encharcado de suor e resolvi desligar o negócio. Juro que nunca passei tanto frio!


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