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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Alckmin diz que 24% "está ótimo" e reafirma 2º turno
Para tucanos, queda de candidato no Datafolha pode estar relacionada à nova onda de violência do PCC em São Paulo
Berzoini destaca melhora na avaliação do governo; para Tarso Genro, oposição erra ao insistir na "política do ódio e da desqualificação"
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Ao comentar a pesquisa Datafolha, o candidato do PSDB à
Presidência, Geraldo Alckmin,
voltou a dizer que a haverá segundo turno e negou que esteja
em uma tendência de queda. "A
tendência do eleitor é levar para o segundo turno para ter
mais segurança, para poder
comparar, clarear melhor, tirar
dúvida e fazer o tira-teima.
Agora é que vai começar o debate", disse o tucano, ontem à
noite, na Associação Comercial
do Rio de Janeiro.
"A campanha está começando agora. Está ótimo 24% no
Datafolha. (...) Eu não tinha
24% nesse momento quando
fui candidato a governador de
São Paulo. O Maluf tinha 43% e
nem para o segundo turno foi."
Senadores governistas foram
cautelosos ao comentar o crescimento do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. "É uma
boa notícia, mas a campanha
está só começando", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
"Se as pesquisas estiverem
corretas, a política do ódio e da
desqualificação não está dando
certo. É necessário que a oposição discuta o que fez quando foi
governo, suas propostas e a reforma política", afirmou o ministro Tarso Genro (Relações
Institucionais).
"É importante destacar o aumento expressivo na avaliação
positiva do governo Lula, que
tem uma relação direta com a
pesquisa de intenção de voto",
declarou o coordenador da
campanha petista à Presidência, Ricardo Berzoini. A aprovação ao governo subiu de 38%
para 45%.
Agressividade
Tucanos e pefelistas também
relacionaram a performance da
candidatura Lula à melhora na
avaliação da gestão do presidente. Por conta disso, a reunião de hoje do conselho político da campanha de Alckmin,
em Brasília, irá se debruçar sobre a relação entre o candidato
e o governo para tentar traçar
uma estratégia que possa reverter o quadro atual.
Enquanto tucanos com acesso direto ao candidato insistem
na agenda positiva durante o
programa eleitoral gratuito, o
líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), prega uma linha
mais agressiva na campanha.
"Cabe a nós colocar a avaliação
do governo Lula de volta para
baixo. Além de mostrar as virtudes de Alckmin, temos que
mostrar os defeitos de Lula."
PCC
A cúpula tucana avalia que o
desempenho negativo de Alckmin na pesquisa se deve a três
fatores: o "efeito PCC", a falta
de engajamento das bases e desempenho nas aparições na TV,
considerado fraco.
" Desconfio que, como [o instituto] foi a campo em cima do
episódio PCC, pode ter sido um
fator", disse o presidente do
PSDB, senador Tasso Jereissati
(CE).
"Tão logo comece a propaganda na TV e Alckmin voltar a
aparecer, e as campanhas [nos
Estado] se entrosarem, porque
muitas não estão, ele vai crescer", afirmou o coordenador da
campanha, senador Sérgio
Guerra (PSDB-PE).
Em seguidos telefonemas
ontem à tarde, integrantes da
campanha cobravam agilidade
na distribuição de material de
propaganda, que ainda não
chegou a muitos Estados do
Norte e do Nordeste, e a saída
de cabos eleitorais às ruas.
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