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OUTRO LADO
MEC admite
dificuldades
da Sucursal de Brasília
O Ministério da Educação
-responsável pela implantação do Programa de Garantia de Renda Mínima-
reconhece que não será
possível atender a todas as
famílias que teriam direito
ao benefício nos primeiros
anos do programa, mas diz
que a tendência é que o número de beneficiados aumente progressivamente.
Há no Brasil hoje cerca de
10,3 milhões de famílias
que poderiam pleitear a
ajuda por terem crianças
entre 0 e 14 anos e renda per
capita inferior a R$ 65.
Para que todas tivessem
direito ao benefício seria
necessário gastar, no mínimo, R$ 1,85 bilhão por ano,
que seria dividido entre a
União e os municípios.
Entretanto, o governo federal só reservou R$ 100
milhões para o programa
neste ano, o que só seria suficiente para atender 20%
das famílias dos 3.300 municípios que poderiam aderir ao programa.
O ministro Paulo Renato
Souza (Educação) não
acredita que isso enfraqueça o programa, uma vez
que a verba federal aumentará progressivamente até
2003, quando espera-se que
o orçamento seja suficiente
para cobrir os 50% que a
União paga às famílias.
Quanto à dificuldade de
os municípios arcarem
com os seus 50%, Paulo Renato diz que somente 25%
desse valor terá de ser pago
em dinheiro. Os outros
25% poderão ser retirados
de programas federais já
existentes no município.
O MEC vai recomendar
que os prefeitos busquem
ajuda dos Estados, de
ONGs e de organismos internacionais para pagar a
sua parte do programa.
"É preciso buscar soluções alternativas. Podem
recorrer aos Estados, a organismos internacionais,
remanejar receitas de outros programas. Com boa
vontade haverá soluções
para esses problemas",
afirma Sônia Moreira, responsável pelo programa no
MEC.
(DF)
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