São Paulo, segunda-feira, 09 de setembro de 2002

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REPERCUSSÃO

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO,
presidente da República:
"Lamento imensamente o falecimento do cardeal d. Lucas Moreira Neves. É uma grande perda, não apenas para a Igreja Católica, mas também para o Brasil e para todos os que, como eu, o conheceram e aprenderam a admirar seu trabalho pastoral. Ao longo de décadas, d. Lucas sempre deu mostras de profunda vocação espiritual e de um sentimento permanente de proximidade com o povo brasileiro. Sentiremos muito a sua falta".

D. RAYMUNDO DAMASCENO, secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil):
"Lamentamos muito a morte de d. Lucas Moreira Neves, ex-presidente da CNBB, e que ocupou com distinção ofícios importantes na Igreja. Dom Lucas destacou-se também na sociedade brasileira pelo grande número de livros e artigos semanais que escreveu para jornais, conquistando uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Peço preces a Deus, para que acolha este seu servo na comunhão plena e definitiva. Se não fosse a doença, d. Lucas seria um possível nome para suceder o papa João Paulo 2º. Claro que ele nunca gostou de falar sobre isso, pois o papa está vivo e atuante. Mas ele foi um nome lembrado mundialmente".

D. PAULO EVARISTO ARNS, arcebispo emérito de São Paulo:
"Pode-se dizer que d. Lucas era essencialmente um mineiro. Sabia sempre dar um jeito de não acusar e de não ser acusado. Sabia, ainda, portar-se de modo ao mesmo tempo conservador e avançado. Mostrava-se avançado e amigo de todos quando trabalhava com as famílias e os jovens. Foi conservador, no entanto, em relação ao governo militar. Nunca protestou, por exemplo, contra as torturas, mesmo quando atingiram seus confrades dominicanos".

ROBERTO ROMANO,
professor titular de ética e filosofia política na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas): "D. Lucas foi um grande articulador da igreja, um diplomata tanto internamente, durante o regime militar, como externamente, na sua colaboração durante o pontificado de João Paulo 2º quando a política anti-socialista do Vaticano foi posta em prática. Eu acompanhei a sua carreira. E não me agradava.

AÉCIO NEVES, presidente da Câmara dos Deputados: "Com a morte de d. Lucas, a Igreja Católica perde um de seus apóstolos mais dedicados e um dos mais preparados, não apenas no campo espiritual. É uma perda irreparável para todos".

ITAMAR FRANCO, governador de Minas Gerais: "D. Lucas era um dos mais respeitados e influentes cardeais da Cúria Romana. Sua inteligência privilegiada brilhou como uma estrela no centro de orientação do mundo católico. Admirado pelo papa, de quem foi confessor, e pelos meios culturais que o levaram para a Academia Brasileira de Letras, d. Lucas foi um grande mineiro".

RISOLETA NEVES, viúva do ex-presidente Tancredo Neves (1910-1985):
"A morte de d. Lucas Moreira Neves deixa uma herança espiritual que dignifica o mundo cristão. Acredito que o ocorrido será pranteado por toda a comunidade cristã. Os sinos de São João Del Rey [cidade natal do cardeal] entoarão seu dobre mais triste e sentido pela morte de d. Lucas, sacerdote exemplar, tocado de santidade".



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