|
Próximo Texto | Índice
Painel
Jogo disputado
No atacado, Serjão fez a composição da Anatel quase como
queria. Quatro dos cinco membros são ligados a ele. No varejo,
não emplacou uma indicação e
teve que engolir um nome que
não controla. Clóvis Carvalho é
tido como o pai dos vetos.
Entrada proibida
A ala pefelista de Marco Maciel, Jorge Bornhausen e Hugo
Napoleão não teve uma indicação atendida para a Anatel. Levou o nome do professor universitário Ubiratan Rezende, que
foi vetado pelo Planalto.
Freio de leve
O fim da briga entre Serjão e
Clóvis Carvalho sobre a Anatel
traz novidade. Pela primeira vez,
o ministro das Comunicações
não fez tudo o que quis, apesar
de continuar forte junto a FHC.
Carimbados como vilões
Os líderes do governo no Senado se sentem traídos por FHC,
que os orientou a aprovar a aposentadoria especial dos magistrados no 1º turno da reforma da
Previdência. Agora, o presidente
e ACM, que também mudou de
lado, fazem pose de mocinhos.
Carapuça larga
Na instalação da comissão da
Lei Pelé, Ricardo Gomyde (PC
do B) comemorou a indicação
de Germano Rigotto (PMDB)
para a presidência: "Não é comprometido com os gângsteres do
futebol". Eurico Miranda (PPB)
protestou: "Aqui, ninguém é".
Alfinetada sutil
Fazendo piada sobre seu projeto, Pelé disse ontem a deputados
de oposição: "O presidente me
chamou para moralizar o desporto nacional. Mas não era para
querer moralizar tanto".
Sonhando alto
Entusiasmado com os holofotes que conseguiu como relator
da lei eleitoral de 98 na Câmara,
Carlos Apolinário quer disputar
a eleição para o Senado pelo
PMDB paulista. E já começou a
consultar os caciques do partido.
Pequenos negócios
A diretoria do BID e Kandir
(Planejamento) acertaram verba
de US$ 5 mi para um projeto de
crédito popular federal.
Partido rachado
O PMDB do FHC está marcando uma reunião para a próxima
quarta, dia 15, em Brasília, na casa do deputado distrital Luís Estevão. Governadores e caciques
fazem articulação para apoiar a
reeleição do presidente em 98.
Ser ou não ser
Em reunião anteontem com
um grupo de deputados do PT,
Lula discutiu suas intenções para
98. Segundo os parlamentares,
ele definirá até o fim do mês se
será candidato a presidente.
Bombardeio parlamentar
Pefelistas acham que Benjamin
Steinbruch deveria sair do Conselho de Administração da Petrobrás, no qual ficou depois de
comprar a CSN e a Vale. Dizem
que as decisões da estatal têm influência sobre seus negócios.
Confusão garantida
Depois do aborto e da compra
de votos, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara começa a apreciar outro tema polêmico. Voltou à comissão projeto
que cria a pena de morte. Henrique Eduardo Alves (PMDB) procura um relator para a matéria.
Divórcio imediato
Na avaliação de setores do PSB
e do PT, o objetivo da plataforma comum da frente de esquerda para 98 é muito mais o de
marcar diferenças com Ciro Gomes (e isolá-lo juntamente com
o PPS) do que efetivamente servir de programa de campanha.
Opção governista
O mesmo PMDB que quer dar
poderes de CPI à Comissão de
Constituição e Justiça, sob o argumento de que ela não consegue investigar profundamente
casos de corrupção, não quer
uma CPI de verdade para apurar
a venda de votos na reeleição.
Visita à Folha
O presidente da Parmalat Brasil, Gianni Grisendi, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado da diretora de marketing Vânia de Alcantara Machado, e da
assessora de imprensa Maristela
Mafei, da Máquina da Notícia.
TIROTEIO
De Sérgio Carneiro (PDT-BA),
sobre relatório da Embaixada
dos EUA dizer que a corrupção é
endêmica no Brasil, que falta
coerência ideológica à base parlamentar de FHC e que o Poder
Judiciário seria ineficiente:
- FHC deveria mandar todos
os seus arapongas embora e colocar o pessoal da embaixada
americana para assessorá-lo.
Eles mostraram que conhecem o
nosso país bem melhor do que o
governo.
CONTRAPONTO
Bússola maluca
A proposta de candidatura
única das oposições em 98 pode
até não vingar, mas sua discussão já deixou uma vítima no caminho: o PPS, ex-PCB (Partido
Comunista Brasileiro).
Nessas discussões, o PPS se
transformou numa espécie de
"Geni" das esquerdas. Brizola,
por exemplo, disse que, realizado o exame de DNA do partido,
ficou comprovado que ele era
governista, e não de oposição.
Na semana passada, durante
uma conversa de dirigentes do
PSB, o líder na Câmara, Alexandre Cardoso (RJ), surpreendeu
os demais ao dizer que o PPS poderia voltar ao convívio das oposições. Motivo: finalmente contava com alguém de esquerda, o
ex-ministro Ciro Gomes.
- Como, ele não é de direita?
- perguntou um dos presentes.
Era a deixa que Cardoso esperava para responder, de imediato:
- Isso ninguém sabe. Agora,
que ele está à esquerda do PPS,
disso não há dúvida.
Próximo Texto | Índice
|