|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DIPLOMACIA
Tamanho do esquema de segurança só perde para o do papa
PF escala 1.500 homens
para "Operação Clinton"
da Sucursal de Brasília
O esquema de
segurança mon
tado para a visi
ta de dois dias
do presidente
norte-america
no Bill Clinton
"só perde para a
do papa", disse ontem Vicente
Chelotti, diretor-geral da Polícia
Federal. Por uma "questão de se
gurança", ele não revela quantos
homens sob seu comando estarão
envolvidos na operação.
A Polícia Militar do Distrito Fe
deral está escalando 1.500 homens
para trabalhar na "Operação Clin
ton" -isso apesar de o presidente
norte-americano passar apenas 21
horas na cidade. Desses, 400 deve
rão ser usados no controle do trân
sito.
A indefinição quanto à agenda
que Clinton vai cumprir no Brasil
está fazendo com que os órgãos de
segurança envolvidos se excedam
nos planejamentos.
As polícias Federal e Militar es
tão simulando situações de risco
em todos os roteiros possíveis para
as eventuais visitas do presidente e
de sua mulher, Hillary, a fim de es
tabelecer a distribuição dos poli
ciais.
Trânsito
O que se sabe, até agora, é que
por onde a comitiva de Clinton
passar o trânsito será totalmente
bloqueado aos demais veículos,
mesmo na pista em sentido con
trário.
No domingo, um dia antes da
chegada da comitiva norte-ameri
cana, a PF vai fazer uma última vis
toria nos palácios do Planalto e da
Alvorada e Esplanada dos Ministé
rios. Irá também limitar o número
de pessoas circulando por esses lo
cais e deixará policiais em alerta.
O comboio do presidente nor
te-americano será integrado por
dezenas de carros, sendo três deles
limusines blindadas. A segurança
próxima ao carro de Clinton ficará
a cargo do FBI (a polícia federal
norte-americana), e será acompa
nhada no ar por dois helicópteros
trazidos dos EUA, ocupados por
agentes do FBI. Não se sabe quan
tos agentes estão envolvidos.
Em terra, a Polícia Federal acom
panhará a comitiva principal a
uma certa distância por carros do
Comando Operacional-Tático,
ocupada por policiais de elite for
temente armados, e por uma ca
minhonete equipada com sensores
para detectar bombas, com siste
ma informatizado que orienta sua
desativação.
Em Brasília, dois helicópteros
-um da PM, outro da PF- tam
bém estão envolvidos no esquema
de segurança, mas só poderão
acompanhar o comboio à distân
cia. Um oficial da PM disse à Folha
que essa medida foi tomada por
que os norte-americanos não con
fiam nos equipamentos usados pe
los brasileiros.
Para Chelotti, o excesso de segu
rança promovido pelo governo
norte-americano "não é ofensi
vo", pois "cada um sabe o que sua
autoridade precisa".
Ele afirmou que "não há riscos
de segurança" na possibilidade de
Hillary Clinton visitar um colégio
na periferia de Brasília.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|