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PDT inicia processo de expulsão
da Agência Folha
O PDT iniciou ontem à tarde o
processo de expulsão do deputado
estadual Jaime Mantelli, que votou
contra o impeachment.
Segundo o secretário de Organização do PDT, Manoel Dias, a atitude se justifica porque havia uma
deliberação da Executiva Nacional
em favor do impeachment.
O documento com essa decisão
foi registrado no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) e comunicado
aos parlamentares do partido.
"Com isso, o voto do deputado
Jaime Mantelli configura caso de
expulsão, porque o estatuto do
PDT determina que seus parlamentares precisam atender às determinações da Executiva."
Embora o processo de expulsão
leve cerca de dois meses, Mantelli
já está "politicamente expulso",
segundo o secretário de Organização do PDT. "Nós havíamos dito a
ele que o nome do partido estava
em jogo", afirmou Dias.
Um indício da mudança de posição de Mantelli teria surgido após
a decisão do PDT de encerrar sua
participação no governo catarinense, em 20 de julho.
"Depois disso, ele indicou o secretário da Justiça e 85% dos funcionários da secretaria. É claro que
havia algo", afirmou Dias.
O deputado do PFL Júlio Teixeira formalizou pedido para expulsão dos dois deputados do partido
-Onofre Agostini e Ciro Roza-
que, ausentando-se do plenário,
ajudaram o governador.
O apoio dos parlamentares ao
peemedebista representou uma
derrota política para dois dos principais líderes nacionais do PFL: o
embaixador em Portugal, Jorge
Bornhausen, e o senador Vilson
Kleinubing.
No início da semana, Bornhausen chegou a mandar uma carta,
de Lisboa, "intimando" os oito
deputados da bancada a votar unidos pelo afastamento, a exemplo
do que fizeram na primeira votação, em 30 de junho.
O senador Kleinubing, por sua
vez, foi um dos mais destacados
integrantes da CPI do Senado, que
levantou as acusações contra o governador. Outro que mudou o voto foi Jorginho Mello (PSDB), que
se absteve ontem. Há três meses,
ele indicou a diretoria do Besc
(banco pertencente ao Estado) e
temia que ela fosse exonerada, caso se alinhasse à oposição.
Paulo Afonso ainda pode ser
condenado pela Justiça comum. O
Ministério Público analisa os relatórios das CPI's da Assembléia Legislativa e do Senado.
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