São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002 |
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PAINEL Palanque à direita Lula telefonou ontem para Romeu Tuma (PFL), reeleito ao Senado em SP com 7,2 milhões de votos, e pediu seu apoio no segundo turno. José Alencar (PL) e Aloizio Mercadante (PT) também ligaram para o pefelista. Meio caminho Lula disse a Tuma que gostaria de tê-lo em seu palanque. O senador, descontente com a falta de apoio de Serra e de Alckmin em sua campanha, respondeu que aguardará a posição do PFL. Caso o partido não feche questão em favor do tucano, aceitará se reunir com o comitê de Lula. Mito da esquerda Lula obteve 83% dos 200 votos válidos em Cuba. Proporcionalmente, é maior do que a votação que o candidato petista obteve em todas as capitais do Brasil. Tempo de sobra Derrotado na eleição para o Senado em MT, Dante de Oliveira decidiu retomar o livro sobre as Diretas-Já que estava escrevendo com o ex-deputado Domingos Leonelli. O tucano, que chegou a se lançar para a Presidência, também pretende criar um centro de estudos políticos. De raspão Raul Jungmann (PMDB), outro que chegou a se dizer pré-candidato à Presidência, conseguiu por pouco uma vaga na Câmara. O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário foi o penúltimo mais votado em PE entre os 25 candidatos eleitos. Cláusula de barreira Brizola mandou o seguinte recado ao PTB: se o partido não apoiar Lula, não sairá a fusão com o PDT. Parte do PTB quer apoiar Serra. Outra, Lula. A tendência é que a sigla fique neutra. A última profecia Duda Mendonça teve de pagar ontem apostas que fizera com petistas sobre o resultado do segundo turno: o marqueteiro achava que Ciro, e não Serra, seria o adversário de Lula. Medo tucano Acionado por Serra, Francisco Dornelles (PPB) procurou Garotinho com a seguinte proposta: se não pode apoiar o candidato do PSDB, que ao menos fique neutro na disputa com Lula. Depois da conversa, o ex-governador fez chegar ao PT que deseja indicar dois ministros. Derrota capital Serra ficou em terceiro lugar nas capitais, que representam 24% do eleitorado nacional, O tucano teve uma média de 15,9% dos votos (contra 19,5% de Garotinho e 51,1% de Lula). Foi o interior do país que levou o senador ao segundo turno. Mera coincidência Lula ganhou em todas as capitais de Serra, mas as duas melhores votações do tucano foram obtidas em cidades administradas pelo PT: Porto Alegre (31,5%) e São Paulo (30,7%). Vocação Roberto Jefferson (PTB-RJ), que permaneceu fiel a Collor até o impeachment, também foi com Ciro até o fim. No ocaso da campanha, Ciro foi abandonado por PDT, parte do PPS e até por amigos, como Mangabeira Unger. Mas Jefferson ainda levou Ciro para caminhadas no Rio. Onda fiel A bancada evangélica na Assembléia do Rio de Janeiro já é o maior "partido" da Casa, com 17, dos 70 deputados estaduais. Dores de cabeça A certeza era tanta no comitê de Paulo Maluf de que ele passaria para o segundo turno em SP que os valores foram acordados com fornecedores e funcionários num planejamento só, para as duas fases. A campanha tenta agora renegociá-los. A contragosto O PSTU tende a declarar "voto crítico" a Lula. Não pedirá cargos nem aceitará integrar eventual gestão petista. O partido, que obteve 401 mil votos na sucessão de FHC (0,5%), acha que o PT fará um governo sem rupturas com o modelo econômico. O anúncio deve sair na segunda. TIROTEIO De Waldir Pires (PT-BA), sobre o apoio de ACM a Lula: - O senador apenas mantém sua coerência política, a de aderir àqueles que têm amplas possibilidades de ganhar, só para tentar permanecer no poder. CONTRAPONTO Ao vivo
Dias atrás, o secretário do Emprego e Relações do Trabalho do
Estado de São Paulo, Fernando
Leça, concedeu uma entrevista,
por telefone, a uma emissora de
rádio do interior do Estado. |
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