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MATO GROSSO
Polícia ainda busca suposto mandante de assassinato de dono de jornal
Secretário de Segurança cai após morte de empresário
FABIANO MAISONNAVE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Oito dias após o assassinato do
empresário Sávio Brandão, 40,
dono do jornal "Folha do Estado", e dois dias depois das eleições, o secretário de Segurança
Pública Benedito Corbelino pediu
demissão do cargo. O governador
de Mato Grosso, Rogério Salles
(PSDB), aceitou o pedido, mas até
a noite de ontem não havia anunciado o nome do substituto.
A troca de Corbelino teria sido
decidida na semana passada, mas
foi adiada por causa da campanha
eleitoral, na qual a segurança pública foi um dos principais alvos
da crítica dos candidatos da oposição ao governo tucano, no poder em Mato Grosso há oito anos.
De pouco serviu o adiamento: o
candidato de oposição Blairo
Maggi (PPS) se elegeu logo no primeiro turno, desbancando o tucano Antero Paes de Barros. Na última sexta, a Polícia Civil apresentou dois suspeitos de envolvimento no assassinato de Brandão,
morto com seis tiros de pistola 9
mm no dia 30 de setembro.
O cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, 33, é
apontado como o autor dos tiros.
A perícia comparou as cápsulas
de calibre 9 mm encontradas em
sua casa com as achadas no local
do crime e concluiu que foram
disparadas pela mesma arma.
A polícia afirma que duas testemunhas reconheceram o cabo.
Um funcionário da empresa teria
visto Agostinho nas imediações
da nova sede do jornal, local onde
Brandão foi morto, poucos dias
antes do crime. Outra testemunha
teria afirmado que o viu na hora
do crime com uma pistola na mão
na garupa de uma moto.
Já o ex-soldado da PM Célio Alves de Souza, 37, teria sido visto
na hora do crime dirigindo um
Gol branco nas imediações. Ele teria sido o responsável pela "cobertura" dada aos acusados depois do crime.
Ambos negaram envolvimento.
A morte de Brandão, atribuída ao
crime organizado, levou o governador a pedir ajuda ao Ministério
da Justiça, que prometeu o envio
de agentes da Polícia Federal para
reforçar as investigações.
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