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SAIBA MAIS
Crítica de Lula à instituição deu início à polêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
A troca de farpas entre
Luiz Inácio Lula da Silva e o
Judiciário começou em
abril, quando o presidente
defendeu o controle externo
da instituição e a abertura de
sua "caixa-preta". A afirmação provocou forte reação
da cúpula dos tribunais, que
viu uma ameaça à independência daquele Poder.
As desavenças se acirraram com o envio da proposta de reforma previdenciária, que pedia o fim da aposentadoria integral dos juízes. Na queda de braço, Lula
chegou a pedir "agilidade"
do Judiciário nos casos de
corrupção e disse que os juízes não o impediriam de fazer com que o país assuma
um papel de destaque.
A reação mais pesada partiu do presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal), Maurício Corrêa, que
criticou o "centralismo stalinista" do governo e os "impropérios", as "manipulações políticas" e o "deslumbramento" do presidente.
Os dois se encontraram
uma semana depois das declarações de Corrêa, na festa
de 7 de Setembro. Dividiram
o mesmo palco, mas não se
cumprimentaram. No último dia 18, quando o STF
completou 175 anos, Lula
não compareceu ao evento.
No mesmo dia, o governo
organizou um ato no Itamaraty. Corrêa também não foi.
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