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UTRO LADO
Diretor afirma que convites estão suspensos e contratos, sob análise
DA SUCURSAL DO RIO
Embora afirme que os casos citados como superfaturamento sejam, na verdade, divergências no
modo de calcular custos indiretos
e tributos, o diretor de Exploração
e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que todos os
convites de licitações às empresas
envolvidas no relatório do TCU
estão suspensos até que se apurem as supostas irregularidades.
Além disso, os contratos antigos
com tais firmas estão sob análise.
De acordo com Estrella, há no
TCU divergências quanto à forma
de computar os impostos. Ele
afirmou ainda que acordos coletivos e uma parcela referente à periculosidade elevam os encargos
trabalhistas da companhia, um
dos pontos questionados pelos
técnicos do TCU.
Estrella disse que já foram instaladas duas comissões para averiguar os problemas identificados,
com o objetivo de apurar "responsabilidades pessoais na condução dos processos licitatórios".
O resultados, diz, "servirão de
base para futuras medidas administrativas e disciplinares". A estatal, de acordo com o diretor,
também está identificando problemas "em procedimentos de
gestão e fiscalização dos contratos" e já decidiu alterar os procedimentos de licitações da Unidade de Negócios da Bahia.
Empresas
A GDK afirmou, em nota, que o
relatório é apenas "uma opinião
preliminar" e que "não se trata de
um julgamento definitivo". Informou ainda que não há superfaturamento em seus contratos. Utiliza o mesmo argumento da Petrobras: "O que ocorre são divergências conceituais entre as empresas
e TCU". A empresa afirma também que "vem sendo alvo de notícias que procuram associar a sua
atuação profissional a expedientes ilícitos".
A Tenace também diz que não
houve "sobrepreço nos orçamentos analisados pelo TCU" e que
"jamais se beneficiou" de interferência política ou pessoal em seus
negócios com a Petrobras. A companhia afirma que já remeteu sua
defesa ao TCU.
Segundo a Tenace, o problema
com os impostos decorre do formato do formulário da licitação,
que leva a relacionar custos diretos na rúbrica de custos indiretos.
A Selco informou que nunca teve nenhum contato com funcionários da Petrobras fora dos padrões normais de uma relação comercial. E disse que está trabalhando para enviar para o Tribunal de Contas toda a documentação solicitada.
A Alves Barreto afirmou que "já
prestou todos os esclarecimentos
necessários e respondeu a todas
as questões ao TCU e à Petrobras", demonstrando "tudo através de planilhas e documentos".
A Construterra informou apenas que encaminhou todos os esclarecimentos solicitados ao Tribunal de Contas. A Montril informou que o responsável estava em
viagem e que só ele poderia responder em nome da empresa.
Procuradas, nem a Seiaut nem a
AP Consultoria se manifestaram
até a conclusão desta edição.
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