São Paulo, terça-feira, 09 de outubro de 2007

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Jobim se confunde e deixa de examinar armas em visita à Marinha, no Rio

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

Durante visita à Esquadra da Marinha do Brasil, na Ilha de Mocanguê, em Niterói, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixou de examinar "in loco", como programado, as condições de armas e equipamentos da Marinha.
Jobim afirmou ontem ter ido à sede para ver "in loco" o estado do equipamento da Força, o que o ajudará a montar o Plano Estratégico de Defesa. Porém, diante da tripulação de 232 homens da fragata Niterói perfilada e de prontidão desde 30 minutos antes de sua chegada, Jobim só subiu ao convés para dar uma rápida entrevista, de menos de sete minutos, à imprensa. Respondeu às perguntas na popa.
Encerrada a entrevista, deu meia-volta e desceu do navio, indo embora, ignorando a programada "mostra de material" (passeio pelo interior do navio, para ver as armas e suas condições).
Momentos antes, ao explicar o motivo da visita, o ministro justificou: "Queria examinar o estado que se encontra a modernização das fragatas, para discutir não a partir de "papers". (...) Gosto de conhecer "in loco", é muito mais rico olhar no olho do que ter no ouvido", explicou.
O máximo que viu foi o equipamento externo e à distância. "É aquele que está girando?", perguntou ao comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, apontando um radar, para saber se se tratava de determinado equipamento sobre o qual falavam. "Não, é o do lado, o que está parado", disse oficial ao seu lado.
A ida de Jobim à sede da Esquadra se insere, disse, no Plano Estratégico de Defesa Nacional. "Queremos ver como otimizar a Esquadra brasileira e quais são as suas necessidades para ter proteção da Amazônia Azul", afirmou.
O ministro chegou ao local às 10h25. Antes de passar pelo navio, às 12h, assistiu a uma palestra do comandante-em-chefe da Armada, vice-almirante Prado Maia e visitou o Camaleão (Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão), que abriga simuladores de navios.
O navio Niterói, um dos seis da classe de mesmo nome, é de fabricação britânica e foi incorporado à Armada em 1976. A Marinha tem nove fragatas -as outras são da classe Greenhalgh.


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