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Jobim se confunde e deixa de examinar armas em visita à Marinha, no Rio
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
Durante visita à Esquadra
da Marinha do Brasil, na Ilha
de Mocanguê, em Niterói, o
ministro da Defesa, Nelson
Jobim, deixou de examinar
"in loco", como programado,
as condições de armas e
equipamentos da Marinha.
Jobim afirmou ontem ter
ido à sede para ver "in loco" o
estado do equipamento da
Força, o que o ajudará a
montar o Plano Estratégico
de Defesa. Porém, diante da
tripulação de 232 homens da
fragata Niterói perfilada e de
prontidão desde 30 minutos
antes de sua chegada, Jobim
só subiu ao convés para dar
uma rápida entrevista, de
menos de sete minutos, à imprensa. Respondeu às perguntas na popa.
Encerrada a entrevista,
deu meia-volta e desceu do
navio, indo embora, ignorando a programada "mostra
de material" (passeio pelo
interior do navio, para ver as
armas e suas condições).
Momentos antes, ao explicar o motivo da visita, o ministro justificou: "Queria
examinar o estado que se encontra a modernização das
fragatas, para discutir não a
partir de "papers". (...) Gosto
de conhecer "in loco", é muito
mais rico olhar no olho do
que ter no ouvido", explicou.
O máximo que viu foi o
equipamento externo e à
distância. "É aquele que está
girando?", perguntou ao comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura
Neto, apontando um radar,
para saber se se tratava de
determinado equipamento
sobre o qual falavam. "Não, é
o do lado, o que está parado",
disse oficial ao seu lado.
A ida de Jobim à sede da
Esquadra se insere, disse, no
Plano Estratégico de Defesa
Nacional. "Queremos ver como otimizar a Esquadra brasileira e quais são as suas necessidades para ter proteção da Amazônia Azul", afirmou.
O ministro chegou ao local
às 10h25. Antes de passar pelo navio, às 12h, assistiu a
uma palestra do comandante-em-chefe da Armada, vice-almirante Prado Maia e
visitou o Camaleão (Centro
de Adestramento Almirante
Marques de Leão), que abriga simuladores de navios.
O navio Niterói, um dos
seis da classe de mesmo nome, é de fabricação britânica
e foi incorporado à Armada
em 1976. A Marinha tem nove fragatas -as outras são da
classe Greenhalgh.
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