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Lula diz não querer ser, de novo,
"candidato de 30% dos votos"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O líder petista Luiz Inácio Lula
da Silva disse ontem que só definirá em março se será ou não candidato à Presidência em 2002 porque, até lá, discutirá as possibilidades de alianças e analisará as
candidaturas adversárias.
"Eu não posso ser candidato pela quarta vez para obter 30% dos
votos. Já tive isso em três eleições
(1989, 94 e 98, quando perdeu para Fernando Collor e FHC, duas
vezes)", declarou Lula.
O petista afirmou que, para ser
candidato mais uma vez, sua possibilidade de vitória tem de ser
"muito maior" do que nas vezes
anteriores. As chances crescerão,
no seu entender, se o PT tiver sucesso na política de alianças.
Ele declarou, porém, que, depois das "divergências" nas eleições municipais, o partido terá
"mais dificuldade" de entendimento com o PDT, por exemplo.
Outro fator que dificultará o diálogo, para ele, é a fusão em andamento entre PDT e PTB.
Lula disse também que o PT
tem de "recompor" sua aliança
com o PSB e discutir uma parceria
com os "setores" do PMDB contrários ao "projeto neoliberal" de
FHC. "Tudo isso demanda um
tempo. Eu estou pedindo para o
partido um prazo até março para
definir minha situação."
O líder disse, em entrevista por
telefone à rádio Gaúcha, de Porto
Alegre (RS), que é necessário examinar o lado adversário, ver
quem será o candidato e quais as
composições.
Lula disse que, juntos, PT, PDT,
PSB, PPS e setores anti-FHC do
PMDB têm votos suficientes para
ganhar a eleição no primeiro turno. Mas ele criticou o presidenciável do PPS, Ciro Gomes. "A arrogância do Ciro Gomes foi respondida pelo povo de Fortaleza, onde
sua (ex) mulher (Patrícia Gomes)
ficou em quarto lugar. Vamos
conversar com o PPS, apesar da
arrogância do Ciro Gomes."
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