São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2000

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Lula diz não querer ser, de novo, "candidato de 30% dos votos"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que só definirá em março se será ou não candidato à Presidência em 2002 porque, até lá, discutirá as possibilidades de alianças e analisará as candidaturas adversárias.
"Eu não posso ser candidato pela quarta vez para obter 30% dos votos. Já tive isso em três eleições (1989, 94 e 98, quando perdeu para Fernando Collor e FHC, duas vezes)", declarou Lula.
O petista afirmou que, para ser candidato mais uma vez, sua possibilidade de vitória tem de ser "muito maior" do que nas vezes anteriores. As chances crescerão, no seu entender, se o PT tiver sucesso na política de alianças.
Ele declarou, porém, que, depois das "divergências" nas eleições municipais, o partido terá "mais dificuldade" de entendimento com o PDT, por exemplo. Outro fator que dificultará o diálogo, para ele, é a fusão em andamento entre PDT e PTB.
Lula disse também que o PT tem de "recompor" sua aliança com o PSB e discutir uma parceria com os "setores" do PMDB contrários ao "projeto neoliberal" de FHC. "Tudo isso demanda um tempo. Eu estou pedindo para o partido um prazo até março para definir minha situação."
O líder disse, em entrevista por telefone à rádio Gaúcha, de Porto Alegre (RS), que é necessário examinar o lado adversário, ver quem será o candidato e quais as composições.
Lula disse que, juntos, PT, PDT, PSB, PPS e setores anti-FHC do PMDB têm votos suficientes para ganhar a eleição no primeiro turno. Mas ele criticou o presidenciável do PPS, Ciro Gomes. "A arrogância do Ciro Gomes foi respondida pelo povo de Fortaleza, onde sua (ex) mulher (Patrícia Gomes) ficou em quarto lugar. Vamos conversar com o PPS, apesar da arrogância do Ciro Gomes."


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