São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2000

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AVALIAÇÃO

Regularização permitiria maior arrecadação
Apenas 125 bingos são regulares, segundo levantamento da Caixa



DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CEF (Caixa Econômica Federal) estima que o Brasil tem cerca de 1.500 bingos funcionando, mas apenas 125 estão regularizados. No total, essas casas têm um faturamento, em média, de R$ 2 bilhões por ano, dos quais o governo poderia ficar com R$ 90 milhões e a CEF, responsável pela fiscalização, com mais R$ 140 milhões se todos fossem legalizados.
Isso porque a legislação estabelece que a União fique com 4,5% da arrecadação dos bingos para investir em atividades ligadas ao esporte. A CEF fica com 7%.
Ontem, a Caixa anunciou que os bingos irregulares que funcionam no país terão um prazo de dois meses, até o dia 6 de fevereiro de 2001, para se regularizarem.
Depois disso, os que não estiverem legalizados terão seus nomes encaminhados pela CEF à Polícia Federal e ao Ministério Público.
Isso pode implicar o fechamento dos bingos e a abertura de processos contra seus proprietários.
A CEF é responsável pela fiscalização de bingos desde novembro e substitui o antigo Indesp (Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto), extinto após investigações que apontaram várias irregularidades, como evasão fiscal e lavagem de dinheiro.
O Indesp era subordinado ao Ministério dos Esportes e Turismo e foi substituído pela Secretaria Nacional do Esporte, que não tem mais ingerência sobre bingos.
Segundo Fábio Alvim, superintendente Nacional de Loterias da CEF, durante os dois meses de prazo, os bingos receberão visitas de fiscais da Caixa, que vão orientar os administradores de bingos irregulares sobre o que precisam fazer para buscar a regularização.


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