São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2000
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Ex-senador, EJ e empresário não falam de prisão DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O senador cassado Luiz Estevão de Oliveira evitou comentar ontem à noite a prisão do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. "Afirmo, reafirmo e "triafirmo" que não tenho nada a ver com ele", disse o ex-senador. "Eu só cuido de coisas que me dizem respeito", respondeu Luiz Estevão quando foi pedida sua opinião sobre o fato de Nicolau ter se entregado. "Não tenho nada que achar." Documentos obtidos pelo Ministério da Justiça com autoridades estrangeiras comprovam que Luiz Estevão movimentava duas contas no Delta Bank, em Miami, das quais saíram três depósitos no valor total de R$ 1,05 milhão para a conta que Nicolau mantinha no banco Santander, na Suíça. Os codinomes das contas de Luiz Estevão eram Leo Green e James Tower. Sobre os depósitos encontrados na conta do ex-juiz, Luiz Estevão disse ontem que agora, após a prisão de Nicolau, haverá "todas as condições de refutar essa e outras acusações". "O Ministério Público me denuncia toda semana. Se houvesse uma denúncia consistente, não haveria necessidade disso", declarou. EJ e Monteiro de Barros O ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira, que está morando no Rio, não quis comentar a prisão do juiz Nicolau. Questionado se os futuros depoimentos do juiz à Justiça podem vir a esclarecer seu papel na liberação das verbas para a construção da sede do TRT paulista, ele repetiu três vezes: "Não tenho comentários. Não tenho nada a ver com isso". O empresário Fábio Monteiro de Barros, dono da Incal, disse ontem, por meio de um amigo, que não tinha nada a dizer sobre a prisão do ex-juiz. Segundo o amigo de Monteiro de Barros, ele disse "se sentir muito fora do assunto para fazer nenhum comentário". Monteiro de Barros é dono da construtora Incal, contratada para fazer a obra do TRT de São Paulo, da qual foram desviados R$ 169,5 milhões. Texto Anterior: Ex-juiz estava foragido desde 25 de abril Índice |
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