São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Convenção paulista vira palco para serristas

DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio a um racha da bancada federal tucana entre simpatizantes do governador Tasso Jereissati (CE) e do ministro José Serra (Saúde), a convenção estadual do PSDB paulista transformou-se em ato de apoio à candidatura serrista.
Foi a resposta dos tucanos que apóiam o nome de Serra ao Planalto -mais de um mês após o ato em homenagem a Tasso, promovido em São Paulo pela família de Mário Covas e por políticos ligados ao governador, morto em março. Entre os paulistas fiéis a Covas -que lançou o nome de Tasso à Presidência-, é forte a resistência ao nome de Serra.
O ministro foi recebido na Assembléia Legislativa com fogos de artifício e faixas de apoio à sua candidatura. A maioria trazia escrito "Serra presidente, Alckmin governador", como a que foi assinada pelo deputado federal Xico Graziano, serrista declarado.
A convenção de ontem reelegeu o presidente do partido em São Paulo, o deputado estadual Edson Aparecido, 44. Um acordo entre a integrantes da bancada federal e estadual tentou evitar que o partido se desgastasse em mais uma disputa envolvendo nomes ligados a Tasso ou a Serra.
O deputado federal Antonio Carlos Pannunzio, ligado a Serra, retirou então a sua candidatura à presidência estadual do PSDB.
Durante os discursos, não foi feita nenhuma menção ao nome de Tasso. O ministro Paulo Renato Souza (Educação), outro presidenciável tucano, foi citado em faixas -parte dos tucanos defende a candidatura dele ao Senado.
Paulo Renato não pôde comparecer ao evento devido ao cateterismo a que foi submetido anteontem. O ministro recebeu alta no início da tarde de ontem.
Na convenção, o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Justiça) defendeu que a escolha do presidenciável tucano seja em fevereiro.
A data seria uma alternativa aos anseios de tassistas e serristas. Setores ligados a Tasso defendem a escolha em janeiro, para que tenha maior tempo de exposição até a eleição. Aliados de Serra são a favor da definição em março, o que permitiria ao ministro da Saúde permanecer mais tempo em sua pasta.



Texto Anterior: Serra quer Armínio como "âncora política"
Próximo Texto: Grafite
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.