|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Convenção paulista vira palco para serristas
DA REPORTAGEM LOCAL
Em meio a um racha da bancada federal tucana entre simpatizantes do governador Tasso Jereissati (CE) e do ministro José
Serra (Saúde), a convenção estadual do PSDB paulista transformou-se em ato de apoio à candidatura serrista.
Foi a resposta dos tucanos que
apóiam o nome de Serra ao Planalto -mais de um mês após o
ato em homenagem a Tasso, promovido em São Paulo pela família
de Mário Covas e por políticos ligados ao governador, morto em
março. Entre os paulistas fiéis a
Covas -que lançou o nome de
Tasso à Presidência-, é forte a
resistência ao nome de Serra.
O ministro foi recebido na Assembléia Legislativa com fogos de
artifício e faixas de apoio à sua
candidatura. A maioria trazia escrito "Serra presidente, Alckmin
governador", como a que foi assinada pelo deputado federal Xico
Graziano, serrista declarado.
A convenção de ontem reelegeu
o presidente do partido em São
Paulo, o deputado estadual Edson
Aparecido, 44. Um acordo entre a
integrantes da bancada federal e
estadual tentou evitar que o partido se desgastasse em mais uma
disputa envolvendo nomes ligados a Tasso ou a Serra.
O deputado federal Antonio
Carlos Pannunzio, ligado a Serra,
retirou então a sua candidatura à
presidência estadual do PSDB.
Durante os discursos, não foi
feita nenhuma menção ao nome
de Tasso. O ministro Paulo Renato Souza (Educação), outro presidenciável tucano, foi citado em
faixas -parte dos tucanos defende a candidatura dele ao Senado.
Paulo Renato não pôde comparecer ao evento devido ao cateterismo a que foi submetido anteontem. O ministro recebeu alta
no início da tarde de ontem.
Na convenção, o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Justiça) defendeu que a escolha do presidenciável tucano seja em fevereiro.
A data seria uma alternativa aos
anseios de tassistas e serristas. Setores ligados a Tasso defendem a
escolha em janeiro, para que tenha maior tempo de exposição
até a eleição. Aliados de Serra são
a favor da definição em março, o
que permitiria ao ministro da
Saúde permanecer mais tempo
em sua pasta.
Texto Anterior: Serra quer Armínio como "âncora política" Próximo Texto: Grafite Índice
|