DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP), réu em ação penal sob acusação de evasão de divisas, deverá entregar hoje à juíza Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, sua defesa prévia (defesa por escrito).
No documento, Maluf poderá indicar até oito pessoas para serem ouvidas no processo. Caberá a Maluf definir os nomes.
Na última segunda, o ex-prefeito foi interrogado pela primeira vez em juízo para falar sobre a acusação do Ministério Público Federal de que ele e a família movimentaram cerca de US$ 446 milhões no exterior de forma não declarada no Brasil.
No interrogatório, Maluf disse ter fundado uma empresa no exterior, em Vaduz (principado europeu de Liechtenstein), em 1985, mas negou ter movimentado quantias por meio da "offshore".
O ex-prefeito é réu ainda em outra ação penal (complementar à da evasão) sob acusação de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas (como co-autor ao lado dos filhos, de uma nora e de um genro).
Nesse processo, o ex-prefeito teve sua prisão pedida pelo Ministério Público Federal, o que foi rejeitado pela juíza federal. No entanto, por determinação de Silvia Maria Rocha, todos os réus tiveram de entregar seus passaportes à Justiça como garantia de que não sairão do país.
Maluf nega ter contas no exterior e diz ser vítima de perseguição pessoal movida por representantes do Ministério Público, o que o órgão nega.


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