São Paulo, quinta-feira, 09 de dezembro de 2004 |
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TODA MÍDIA Custos maiores
NELSON DE SÁ
Até a Globo saiu dizendo que "apesar de começar nas alturas, em Cusco, a Comunidade Sul-Americana ainda não decolou". O encontro "esvaziado" pelo presidente argentino, Néstor Kirchner, inicia "um caminho difícil". Nas agências, o mesmo tom, com a Reuters destacando que Argentina e Brasil se esforçavam ontem em "negar uma crise no Mercosul". No jornal chileno "La Tercera", o peruano Alvaro Vargas Llosa dizia que "Kirchner irrita o Brasil e vive o pior momento na relação com Lula": - Desapareceu a magia daqueles tempos em que Lula apoiou a candidatura de Kirchner e Kirchner, já eleito, privilegiou o vizinho em sua primeira visita ao exterior. Curiosamente, era no lado argentino que se notava um esforço em dar apoio à Comunidade. O "La Nación", no site, destacou o "otimismo" do ex-presidente Eduardo Duhalde. E o "Clarín" deu artigo do chanceler argentino Rafael Bielsa, com louvores à Comunidade, ao "ponto de inflexão histórico", ao "sonho emancipador de gigantes como Bolívar, San Martín, O'Higgins, Sucre" -até dos incas e seu "primeiro projeto de união". Da parte de Kirchner, nada. Modelo? O "New York Times" adiantou pesquisa da ONU que mostra, "pela primeira vez em nove anos", que a fome cresceu no mundo. Mas sobraram elogios à América Latina e ao Brasil, pelas "histórias de sucesso". Segundo o "NYT", "o Fome Zero foi destacado como um modelo". Lei e ordem O "Guardian" trouxe longa reportagem sobre a BR-163, projeto que vai ligar Cuiabá e Santarém, na Amazônia. Para o jornal, citando grilagem e desmatamento, o problema não é tanto o impacto ambiental da pavimentação e sim "se o governo conseguirá impor a lei e a ordem". AMEAÇA VERMELHA
Como adiantou o "NYT" no fim de semana, uma empresa chinesa comprou a produção de PCs da IBM -e, pela repercussão ontem, assustou. No "Financial Times", a ilustração (acima) trazia a bandeira da China abraçando o mundo. O "Los Angeles Times" apontou a "importância simbólica" para o país, que sai dos rádios para "produtos de alto valor". O "Washington Post" viu "sinal dramático da transformação". O "NYT" falou da "ambição". E o "Wall Street Journal" disse que a chinesa Lenovo é agora a terceira empresa do setor no mundo. E quer mais. Texto Anterior: Lançamento: Consultor Ney Figueiredo autografa livro em SP Próximo Texto: Retórica oficial: Lula anuncia o "ano do desenvolvimento" Índice |
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