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OUTRO LADO
Promotor está perdido, diz advogada
da Agência Folha,
em Maceió
do enviado a Maceió
O promotor Luiz Vanconcelos está "perdido, desesperado,
não sabe o que fazer com a
bomba que tem nas mãos".
É essa a avaliação da advogada Tereza Dóro, representante
do legista Badan Palhares. "O
promotor está esperneando de
tudo o que é jeito para ver se
acha uma saída", afirma.
Na sua opinião, a denúncia
de pelo menos quatro ex-funcionários de PC como co-autores de duplo homicídio fará
com que "o julgamento só seja
realizado daqui a 20 anos".
"Vai dar uma balbúrdia.
Com vários réus, o normal é
desmembrar. Para os advogados é ótimo, embora eu não seja advogada de nenhum deles."
Desde junho, Tereza Dóro
aponta "parcialidade e suspeição" de Luiz Vasconcelos contra Badan Palhares.
Ela fez essa afirmação num
documento endereçado ao
procurador-geral de Alagoas,
Lean Araújo.
Dóro acredita que o promotor "atacou e denegriu" a imagem do legista quando fez observações técnicas sobre a necropsia dos corpos de PC e Suzana coordenada por Badan.
"O promotor nem tem formação para isso."
A principal crítica de Tereza
Dóro contra o que já se conhece das decisões de Luiz Vasconcelos -acusação a no mínimo quatro pessoas e abertura de novo inquérito para investigar Badan e outros- é sobre a não-descrição do exato
papel de cada suspeito.
"Ele tem que definir a conduta de cada um, senão a conduta
é inepta", afirma.
O "Código de Processo Penal" diz que "é inepta a denúncia que não descreve pormenorizadamente o fato criminoso, dificultando o exercício da
ampla defesa".
Para o promotor, a interpretação da advogada de Badan
Palhares "é um pensamento
antigo em relação à legislação".
Segundo ele, até as suas alegações finais, antes de o júri se
pronunciar, descreverá com
exatidão o que pensa ter feito
cada acusado. "Para isso, espero que as testemunhas falem
mais em juízo do que no inquérito policial."
(AC e MM)
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