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Neo-aliados elogiam partido, mas esquerda petista cobra mudanças
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
O PT chega ao jubileu de prata
elogiado por novos aliados e visto
com ressalvas pela esquerda da sigla e colaboradores históricos.
Para Valdemar Costa Neto, presidente do PL, o partido amadureceu e buscou o consenso para chegar ao Planalto. A sigla é símbolo
da ampliação das alianças petistas
que resultou na eleição de José
Alencar como vice-presidente.
A idéia de evolução do PT também é defendida por Roberto Jefferson, presidente do PTB. "O PT
hoje é mais moderado, é partido
de poder. É muito maior do que
há 25 anos. O PT era muito clerical, sindical e intolerante", diz ele.
Ao partido, Jefferson daria, como presente pelo jubileu, uma
caixa de Romanée-Conti, o polêmico vinho, avaliado em R$ 8.500,
com o qual presidente Lula brindou na campanha de 2002.
A avaliação de Raul Pont (PT-RS), da esquerda do partido, é
menos otimista. "Estamos lutando contra essas tendências de diluição do partido, a tendência de
sermos mais eleitoreiros ou eleitorais e menos militantes", afirma. De presente, ele diz ter dado à
sigla a "Carta aos petistas", documento das tendências à esquerda,
que cobra do governo mudanças
de rumo e mais debate interno.
O aliado Luiz Marinho, da CUT,
diz que o maior presente o partido tem nas mãos, o Planalto, mas
que "falta uma política econômica que ouça menos o sistema financeiro". Já o prefeito do Rio,
César Maia (PFL), alfineta: "Um
livro de administração do Peter
Drucker [guru da gestão empresarial]" é o presente que daria ao
PT. (CÁTIA SEABRA)
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