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Cidade vizinha teria pago gasto de promotor
DA AGÊNCIA FOLHA
O promotor Régis de Moraes
Marinho, que pediu a extinção do
processo de cassação do prefeito
de Guaribas, Reginaldo Correia
da Silva (PL), teve contas de hotel
pagas pela Prefeitura de São Raimundo Nonato.
O prefeito de São Raimundo
Nonato, Avelar de Castro Ferreira
(PFL), é irmão do secretário da
Educação e Finanças de Guaribas,
José Ferreira Paes Landim Neto
(PFL), acusado de ter "arrendado" a prefeitura por R$ 15 mil a R$
20 mil por mês.
Em telefonema gravado pela
Agência Folha, a atendente do
Hotel Real, em São Raimundo
Nonato, afirmou que o promotor
"pagou algumas contas, e outras
foram pagas pela prefeitura".
Extinção
Marinho pediu a extinção do
processo em agosto do ano passado, depois que a ação voltou à comarca de Caracol (da qual Guaribas faz parte) em razão de embargos declaratórios interpostos pela
defesa do prefeito.
Ele pediu a extinção concordando com os argumentos da defesa,
de que a pessoa jurídica da Prefeitura de Guaribas não tinha sido
ouvida no processo.
O prefeito foi cassado por ficar
sem prestar contas durante 11 meses em 1999. Ele prestou contas
em 2000, fora do prazo.
No seu parecer, o promotor ressaltou que o prefeito já havia prestado contas, o que caracterizaria
perda do objeto da ação. Essa posição não é consenso.
"Segundo a Lei de Improbidade, nem a aprovação das contas
suprime o ato de improbidade",
diz o promotor Cláudio Bastos,
que pediu a cassação do prefeito
em 1999.
Em abril de 2000, o juiz Antônio
Lopes de Oliveira, que respondia
pela comarca de Caracol, cassou o
prefeito. Ele recorreu, mas a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Piauí manteve a sentença em
novembro de 2001.
Os advogados do prefeito entraram com embargos declaratórios,
e o processo -que chegou a ser
dado como desaparecido por promotores- então voltou à Caracol
para que o Ministério Público fosse ouvido.
(AK)
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