São Paulo, terça-feira, 10 de abril de 2001

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PAINEL

Na esteira
O PMDB vai aproveitar o grampo na Sudam para trabalhar a substituição de Fernando Bezerra (Integração Nacional) por um outro parlamentar do partido. O ministro negocia sua transferência para o PTB.

Outra integração
A campanha do PMDB para fritar Bezerra esbarra na intenção de FHC de mantê-lo no ministério para atrair o PTB ao governo. Sem um cargo de primeiro escalão, o partido pode aproximar-se de Ciro (PPS).

Diagnóstico incômodo
A cúpula peemedebista também busca, com o ataque a Fernando Bezerra, tirar Jader Barbalho da linha de fogo. Mas está difícil. "Jader é como um doente cheio de chagas. É só encostar que ele começa a sangrar", define um senador do partido.

Atrás dos índices
O apresentador Gugu Liberato será o âncora do programa eleitoral gratuito que o PSDB exibe na TV no dia 19. A gravação foi feita ontem na produtora GW.

Trabalho do dia
O PT pretende fazer no 1º de Maio um ato em SP contra a corrupção e o governo FHC.

Obstáculo na pista
Bernardo Cabral (PFL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, escolheu ACM como relator do projeto da Agência Nacional de Transportes. O projeto é de grande interesse de Eliseu Padilha (Transportes), desafeto do pefelista.

Tucanos em guerra
A Executiva Nacional do PSDB começa a analisar nesta semana o processo de intervenção na direção da sigla no DF. O motivo da crise é o apoio de Maria Abadia, que comanda o diretório, à reeleição do governador Joaquim Roriz (PMDB).

Causa própria
O pivô da crise é o senador José Roberto Arruda, que pretende ser o candidato tucano à sucessão de Roriz. Relatório preliminar feito pela Secretaria Geral do PSDB defende a intervenção.

Além da imaginação
Aliados de Collor contam que o ex-presidente comemorou a passagem de Alan Garcia ao segundo turno no Peru. Considerou um indício de que ele tem chances de voltar à Presidência.


Experiência acumulada
A corregedora Anadyr Rodrigues escolheu a dedo o chefe de sua assessoria jurídica: o subprocurador-geral José Antônio Leal Chaves, que se aposentou em fevereiro passado, deixando na gaveta 1.069 processos.

Convite irrecusável
Assessores da CPI da Dívida tentam, há cerca de um mês, notificar Paulo Maluf (PPB) para depor na investigação da Câmara paulistana. No escritório do ex-prefeito, a resposta é sempre a mesma: "O doutor não está".

Haja distanciamento
A Petrobras anunciou que vai avaliar a eficiência dos serviços terceirizados. Detalhe: o estudo deve ser analisado com o apoio de profissionais externos.

Arte regional
O governador Jorge Viana (PT) presenteou o premiê francês, Lionel Jospin, com um porta-jóias feito em macheteria, técnica artesanal alemã, introduzida no Acre, que aproveita restos e pedaços de madeira.

Ninho atraente
Maurício Soares (PPS), prefeito de São Bernardo do Campo, divulgou nota informando que está sendo assediado pelo PSDB. Entre tucanos, no entanto, diz-se que o ex-suplente do então senador FHC (86-94) é que se insinua para voltar ao partido.

Contratos controvertidos
A Prefeitura de Santo André (PT) suspendeu quatro licitações de obras viárias após o Sinduscon impetrar mandados de segurança. As obras já haviam sido impugnadas, um ano atrás, pelo sindicato por suspeita de favorecimento à Emparsanco.
TIROTEIO

De Cristovam Buarque (PT), ex-governador do Distrito Federal, sobre o Exame Nacional de Cursos, o provão:
- O provão é muito bom. Deveria começar pelo ministro da Educação, Paulo Renato.

CONTRAPONTO

Amigos íntimos

Lionel Jospin e FHC assinaram na semana passada em Brasília um convênio para a construção de uma ponte sobre o rio Oiapoque, na divisa entre o Estado do Amapá e a Guiana Francesa.
Após a cerimônia, o presidente contou ao premiê francês e ao governador do Amapá, João Capiberibe (PSB), um encontro que teve em 1997 com o presidente da França, Jacques Chirac, adversário político de Jospin.
Chirac e FHC reuniram-se por algumas horas na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.
O presidente lembrou que foi muito bem recebido pelo francês. Sorridente e afetuoso, Chirac abriu os braços e disse bem alto:
- "Mon cher ami, president du Mexique..."



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