DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Servidores de todas as 29 superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (duas delas em Pernambuco, duas no Pará e uma nas demais unidades da Federação), além de sua sede, em Brasília, estarão em greve a partir de hoje em todo o país.
Na última sexta, funcionários de 18 unidades já estavam parados, segundo a direção da autarquia e o comando de greve. A paralisação do Incra significa a estagnação do processo de reforma agrária, uma das principais bandeiras do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e o presidente do Incra, Rolf Hackbart, admitiram que a paralisação "atrapalha" o ritmo da reforma agrária e "cria grandes dificuldades" para o cumprimento das metas. Até dezembro, a promessa é assentar 115 mil famílias, sendo 47 mil até junho. No primeiro trimestre, assentou 11 mil.
Os servidores do órgão (5.251) selecionam a área, fazem a vistoria (média de 60 por semana no país), elaboram o laudo, dividem os lotes do terreno desapropriado, selecionam famílias e distribuem cestas básicas aos sem-terra. A greve tem o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. (EDUARDO SCOLESE)



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