|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SOCORRO A BANCOS
Procurador vai propor o indiciamento da diretora do BC por auxílio ao Marka e ao FonteCindam
Ministério Público pedirá saída de Grossi
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Ministério Público vai entrar
na próxima semana com uma
ação cautelar na Justiça Federal de
Brasília pedindo o afastamento de
Tereza Grossi da diretoria de Fiscalização do Banco Central.
O procurador da República Luiz
Francisco Fernandez Silva disse
que nessa ação proporá o indiciamento de Tereza Grossi como co-responsável, por improbidade administrativa, no episódio de ajuda
aos bancos Marka e Fonte Cindam, em janeiro do ano passado.
Luiz Francisco informou que
existem duas outras ações na Justiça de Brasília questionando a
participação de Tereza Grossi na
operação de venda de dólares pelo Banco Central aos dois bancos.
O procurador disse que está esperando mais informações dos
procuradores da República no
Rio de Janeiro -responsáveis pela investigação criminal- para
embasar a terceira ação.
Na quarta-feira, o Ministério
Público do Rio denunciou Tereza
Grossi à Justiça sob acusação de
prevaricação e peculato.
Como é funcionária pública, a
diretora do BC terá 15 dias a partir
da apresentação da denúncia para
apresentar sua defesa prévia. Só
então o juiz decidirá se aceita ou
não a denúncia contra ela.
Grossi era chefe-interina de Fiscalização do Banco Central na
época de ajuda aos bancos Marka
e FonteCindam e participou das
negociações com o dono do Marka, Salvatore Alberto Cacciola.
Ela assumiu a diretoria de Fiscalização em março deste ano, após
um demorado processo de aprovação pelo Senado. Na época,
houve resistência à sua nomeação
por parte da oposição, devido à
sua participação no caso Marka.
Desde quarta, quando a Justiça
do Rio aceitou a denúncia, a Folha tem procurado Tereza Grossi,
por meio da assessoria de imprensa do BC. A diretora tem evitado se pronunciar sobre o caso.
Ontem, a Folha voltou a procurar a assessoria para que Tereza
Grossi comentasse a intenção do
Ministério Público de mover nova
ação contra ela. Até o fechamento
desta edição, não obteve resposta.
Na quarta-feira, a única reação
do BC veio do presidente da instituição, Armínio Fraga, que declarou por meio da assessoria de imprensa que mantém a confiança
em Tereza Grossi e no assessor da
diretoria do BC Alexandre Pundek Rocha, que também foi denunciado pelos procuradores.
Texto Anterior: Três envolvidos não comentam as denúncias Próximo Texto: Juiz é tido como "linha-dura" por procuradores Índice
|