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Sindicância do caso
Nacional é encerrada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A sindicância aberta pelo Banco
Central para apurar as causas do
desaparecimento de 33 volumes
do processo que apura irregularidades administrativas do Banco
Nacional terminou ontem sem
apontar nenhum responsável.
A comissão concluiu que não
houve má-fe no episódio e atribuiu a confusão a falhas dos controles internos do departamento
jurídico do BC e ao excesso de burocracia da instituição.
O sumiço de documentos vem
sendo um dos principais constrangimentos enfrentados pela
fiscalização do BC. Em cerca de
dois meses, descobriu-se que dois
dossiês do Nacional haviam desaparecido. Um deles -o que motivou a abertura da sindicância-
foi localizado.
Os documentos estavam na Justiça Federal e só chegaram às
mãos da diretora de Fiscalização
do BC, Tereza Grossi Togni, dois
meses antes de prescreverem as
irregularidades.
Embora o processo desaparecido tenha repousado por mais de
um ano na Justiça Federal, a comissão de sindicância do BC concluiu que não houve nenhum
atraso especial e que seu período
de tramitação foi similar ao de outros processos administrativos.
"A demora pode ser creditada
ao andamento burocrático e a
uma menor prioridade atribuída
aos processos administrativos em
relação às demais questões tratadas pelo BC", diz o relatório.
O processo em questão investigava nada menos do que as 652
contas fictícias criadas por administradores do Nacional, que quebrou em 1996 e ainda deve R$
15,217 bilhões aos cofres públicos.
O processo administrativo culminou com a decretação da inabilitação do controlador do Nacional, Marcos Magalhães Pinto, e de
seu diretor contábil, Clarimundo
Sant'Anna. Eles estão impedidos
de exercer cargos no sistema financeiro pelos próximos 20 anos.
A comissão de sindicância afirma que a única coisa que diferenciou esse caso dos demais foram
as falhas nos controles internos
do departamento jurídico.
O BC ainda busca documentos
reunidos no Nacional na década
de 80, que desapareceram no Rio.
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