São Paulo, domingo, 10 de junho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Declaração pode finalizar caso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para que todo o dossiê Caribe seja considerado falso oficialmente, falta uma resposta das autoridades das Bahamas descartando a existência de conexão, mesmo que indireta, do ministro Sérgio Motta, morto em abril de 1998, com a propriedade ou a diretoria da empresa que deu origem à documentação, a CH, J & T Inc.
O FBI e a Polícia Federal já descobriram que não há uma conexão direta e suspeitam que inexista ligação indireta.
O delegado Paulo de Tarso Teixeira, responsável pela nova investigação do caso, disse que a empresa foi manipulada por três falsificadores de Miami: Honor Rodrigues da Silva, Ney Santos e João Barusco.
O dossiê Caribe é um conjunto de papéis que surgiu em novembro de 1998. A maioria deles tem se mostrado falsa. A papelada aponta a existência de uma empresa instalada em paraíso fiscal e que teria contas no exterior.
A companhia pertenceria a Motta, ao presidente Fernando Henrique Cardoso, ao ministro da Saúde, José Serra, e ao governador paulista Mário Covas -morto no começo de março.
FHC e Serra sempre negaram ter qualquer participação em empresa no paraíso fiscal. Covas também negava. Motta morreu antes de o caso aparecer.
Uma das outras provas que derrubaram o dossiê foi publicada pela Folha em abril.
O jornal revelou que era falso um extrato de um banco suíço no qual a CH, J & T Inc. teria US$ 352,971 milhões.


Texto Anterior: Outro lado: Envolvidos não foram localizados pela reportagem
Próximo Texto: Investigação internacional: Paraíso fiscal bloqueia contas de Maluf
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.