DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O Ministério Público do Estado de São Paulo apura a existência de eventual relação entre as contas em Jersey da família Maluf e o superfaturamento do túnel Ayrton Senna. Na semana passada, o Ministério Público entrou com ação por improbidade administrativa contra Maluf, em razão de laudos técnicos que apontam superfaturamento na construção do túnel.
Os promotores suspeitam que até 15% do dinheiro pago à CBPO pode ter sido recebido como propina por Maluf. A CBPO teria pago à empresa Lavicem Ltda., estabelecida no Paraná, pelo aluguel de máquinas e equipamentos.
A empresa, porém, não tinha as máquinas mencionadas no contrato, segundo apurou a Polícia Civil de São Paulo. A Lavicem teria servido para fazer a remessa do dinheiro recebido como aluguel ao exterior, onde, segundo suspeitas dos promotores, a verba teria ido para as contas de Maluf.
Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da CBPO informou que a empresa não se manifesta sobre investigações e que somente daria declarações após ser citada na ação. A Lavicem não foi localizada. (RC)



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