São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2005 |
Próximo Texto | Índice
PAINEL Silêncio absoluto Faz hoje cinco dias que Marconi Perillo (PSDB) afirmou ter relatado a Lula, um ano atrás, rumores sobre o recebimento de "mensalão" no Congresso. O Palácio do Planalto ainda não disse palavra a respeito da declaração do governador de Goiás. Mala direta O gabinete de Roberto Jefferson recebeu, até ontem, mais de 70 e-mails incentivando o deputado e presidente a seguir adiante com a denúncia do "mensalão". As mensagens são levadas até o petebista em seu apartamento funcional em Brasília. Soprando velas Roberto Jefferson completa 52 anos na terça-feira, dia marcado para seu depoimento na comissão de sindicância da Câmara. Fechou o tempo Do líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), sobre as condições climáticas instaladas em Brasília a partir da denúncia do "mensalão": "No governo do PT, depois da bonança vem o Delúbio". Direção de cena 1 A PF tem indícios de que os dois empresários do Paraná presos ontem, sob a acusação de gravar a fita de vídeo em que Maurício Marinho aparece recebendo propina nos Correios, não agiram sozinhos. Direção de cena 2 A gravação teria sido feita "a pedido" no quinto encontro da dupla com o então funcionário dos Correios. Os dois, segundo essa versão, concordaram em realizar o serviço por desconfiar que Marinho havia vendido algo que não poderia entregar. Teste de paternidade Persiste na praça a versão de que Appolonio Neto, recém-saído do IRB, foi indicado para a presidência da empresa por Roberto Jefferson. Sobrinho de Delfim Netto, ele na verdade chegou ao cargo por ação do deputado e de Antonio Palocci. Inventando a roda 1 Como se o governo já não tivesse problemas de sobra, resolveu provocar o presidente do Senado. Renan Calheiros ficou indignado com o fato de Lula ter delegado a Márcio Thomaz Bastos (Justiça) a tarefa de elaborar um projeto de reforma política. Inventando a roda 2 Lembra Renan que, muito antes do súbito interesse do governo pela reforma política, na esteira do "mensalão", o Senado aprovou um projeto, pronto para ser votado na Câmara. Estou na minha Resposta de José Sarney a um correligionário que lhe perguntou, nos corredores do Senado, se havia aconselhado Lula sobre a crise política: "Conselho e água benta só se dá a quem pede". Não, obrigado Sondado para presidir a CPI, Sarney (PMDN-AP) polidamente recusou. O mesmo fez o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) diante do convite para ocupar a relatoria. Fim de papo Sete senadores do PT disseram aos líderes do partido que vão assinar a CPI do Mensalão, para a qual a oposição começou a coletar assinaturas. "Basta!", disse um deles, antes resignado com o argumento de que CPIs são palanque para a oposição. Cheque em branco O "mensalão" levou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS) a buscar no Congresso assinaturas para um documento segundo o qual os parlamentares autorizam o procurador-geral da República, Claudio Fonteles, a quebrar seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Visita à Folha Eduardo José Bernini, presidente da AES Eletropaulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Roberto Mario Di Nardo, vice-presidente, e de Theo de Souza, gerente de imprensa. TIROTEIO Do deputado Moreira Franco (PMDB-RJ), sobre a comissão que está prestes a iniciar seus trabalhos no Congresso: -A CPI do "PT Farias" começa como terminou a CPI do PC Farias: o presidente sabia. CONTRAPONTO Expresso praiano
Na apresentação de projetos
para a reta final de seu governo,
mês passado, o tucano Geraldo
Alckmin não perdeu uma chance de encaixar o assunto futebol
na pauta do dia, a exemplo do
que costuma fazer Lula. |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |