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TSE deverá vetar o recolhimento do dízimo partidário
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a examinar ontem a legalidade do
dízimo partidário -taxa de
até 10% do salário- dos filiados que ocupam cargo de
confiança em governo comandado pelo partido a que
são ligados. Os ministros
praticamente decidiram a
questão, contra o recolhimento compulsório da contribuição partidária.
A decisão foi adiada por
um pedido de vista de Luiz
Carlos Madeira quando cinco dos outros seis ministros
tinham votado contra a taxa,
o que evidencia a perspectiva de derrota do PT, o partido com mais tradição na cobrança dessa taxa.
No PT, a taxa de até 10%
do salário também é cobrada dos parlamentares.
Para os cinco ministros
que já votaram, o dízimo é
ilegal, imoral e contém várias inconstitucionalidades.
Em tese eles ainda podem
voltar atrás, mas é improvável que isso aconteça.
Para Gilmar Mendes, o
partido do governo levará
clara vantagem financeira
em relação aos demais, e os
filiados que trabalham nele,
mas estão sujeitos à exoneração, ficam sem liberdade
de se desvincular da sigla por
receio de perda do emprego.
"Se não há minoria, não há
democracia. Se a minoria
não tem oportunidade de se
tornar maioria, também não
há democracia", afirmou esse ministro. O exame realizado pelo TSE coincide com
a CPI dos Correios, que colocou sob suspeita outra forma de uso político de contratações no setor público: a
distribuição de cargos de diretorias de empresas estatais
entre partidos da base aliada
do governo.
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