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Scalco pode coordenar campanha de FHC
FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília
O ex-deputado federal pelo Paraná Euclides Scalco está cotado
para ser o coordenador político da
campanha à reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Scalco esteve ontem em Brasília. Atualmente, ocupa uma diretoria da Hidrelétrica de Itaipu.
Sondado por vários tucanos,
Scalco ainda não deu sua resposta.
Ele quase ocupou essa função em
94, na campanha em que FHC se
elegeu presidente.
Por problemas pessoais, Scalco
não pôde assumir a função -que
acabou sendo exercida pelo ex-deputado federal por Minas Gerais
Pimenta da Veiga.
FHC gostaria de ter Pimenta da
Veiga novamente, mas ele será
candidato a deputado federal.
Sem mandato desde 90 -quando perdeu uma eleição como candidato a vice-governador do Paraná- e sem partido político desde
95, Scalco é considerado um tucano histórico, ligado a FHC e a Mário Covas. No Congresso constituinte, na década de 80, substituiu
Covas no posto de líder do PMDB
-o PSDB ainda não existia.
Consultado pela Folha anteontem a respeito de seu eventual retorno à política nacional, Scalco
preferiu não comentar.
A sua indicação preencheria um
vazio na campanha de FHC, até
agora sem uma pessoa formalmente nomeada para fazer as articulações políticas. Essa função era
exercida, em grande parte, por
Sérgio Motta, morto em abril.
Até agora, a informação dos tucanos é que a coordenação política
ficará a cargo do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge.
Políticos ligados ao presidente
acham que Jorge ficaria sobrecarregado se acumulasse a coordenação política, já que ele normalmente desempenha a função de
secretário particular de FHC.
Querido pelos tucanos mais ligados a FHC, Scalco não é bem-visto
pelos políticos da direção do PFL.
Mesmo antes de sua indicação
para o cargo, já foi criticado em
conversas reservadas por caciques
pefelistas como o deputado Inocêncio Oliveira (PE) e o senador
Antonio Carlos Magalhães (BA),
segundo a Folha apurou. Os pefelistas acham que a nomeação de
Scalco, se ocorrer, representará
uma tentativa do PSDB de dar as
cartas na campanha eleitoral.
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