São Paulo, quarta, 10 de junho de 1998

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Scalco pode coordenar campanha de FHC

FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília

O ex-deputado federal pelo Paraná Euclides Scalco está cotado para ser o coordenador político da campanha à reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Scalco esteve ontem em Brasília. Atualmente, ocupa uma diretoria da Hidrelétrica de Itaipu.
Sondado por vários tucanos, Scalco ainda não deu sua resposta. Ele quase ocupou essa função em 94, na campanha em que FHC se elegeu presidente.
Por problemas pessoais, Scalco não pôde assumir a função -que acabou sendo exercida pelo ex-deputado federal por Minas Gerais Pimenta da Veiga.
FHC gostaria de ter Pimenta da Veiga novamente, mas ele será candidato a deputado federal.
Sem mandato desde 90 -quando perdeu uma eleição como candidato a vice-governador do Paraná- e sem partido político desde 95, Scalco é considerado um tucano histórico, ligado a FHC e a Mário Covas. No Congresso constituinte, na década de 80, substituiu Covas no posto de líder do PMDB -o PSDB ainda não existia.
Consultado pela Folha anteontem a respeito de seu eventual retorno à política nacional, Scalco preferiu não comentar.
A sua indicação preencheria um vazio na campanha de FHC, até agora sem uma pessoa formalmente nomeada para fazer as articulações políticas. Essa função era exercida, em grande parte, por Sérgio Motta, morto em abril.
Até agora, a informação dos tucanos é que a coordenação política ficará a cargo do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge.
Políticos ligados ao presidente acham que Jorge ficaria sobrecarregado se acumulasse a coordenação política, já que ele normalmente desempenha a função de secretário particular de FHC.
Querido pelos tucanos mais ligados a FHC, Scalco não é bem-visto pelos políticos da direção do PFL.
Mesmo antes de sua indicação para o cargo, já foi criticado em conversas reservadas por caciques pefelistas como o deputado Inocêncio Oliveira (PE) e o senador Antonio Carlos Magalhães (BA), segundo a Folha apurou. Os pefelistas acham que a nomeação de Scalco, se ocorrer, representará uma tentativa do PSDB de dar as cartas na campanha eleitoral.



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