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Para ONU, 9% vivem com US$ 1 por dia
DA REDAÇÃO
O Brasil também melhorou
sua situação no IPH-1 (Índice de
Pobreza Humana-1), calculado
pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para os países em desenvolvimento. No caso dos
países ricos, é feito o IPH-2.
Corrigindo os valores anteriores segundo o critério usado
neste ano -o Pnud alterou a
base de dados-, verifica-se que
o IPH-1 do Brasil passou para
12,9% em 1999, contra 14,2% em
1998 e 14,4% em 1997.
A Folha constatou um erro no
material divulgado à imprensa:
o Brasil aparece na 18ª colocação, quando o correto seria o 17º
lugar. O erro está na inclusão,
no ranking, de três países que
não foram contemplados no levantamento (Cuba, Iraque e
Afeganistão). O Brasil "ganha"
uma posição porque, na lista errada, Cuba tem o quarto lugar.
A Folha entrou em contato
com o escritório brasileiro do
Pnud na semana passada, que
não soube dar explicações, mas
prometeu uma resposta, não
enviada até ontem. Em 1997, a
primeira versão do relatório do
IDH também continha erro que
prejudicava o país, o que teria
contrariado o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Apesar da melhora no ranking da pobreza, aumentou a
proporção de pobres, de acordo
com o Pnud. Em 1999, 9% da
população brasileira, cerca de
15,1 milhões de pessoas, vivia
apenas com até US$ 1 por dia e
22% da população -praticamente uma em cada cinco pessoas ou então 37,0 milhões de
pessoas- estava abaixo da linha da pobreza. Em 1998, os
percentuais eram, respectivamente, de 5,1% e 17,4%.
Na última sexta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou o Fundo de
Combate à Pobreza, que deve
destinar R$ 3,1 bilhões para
ações governamentais contra a
miséria no país.
(RM)
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