São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2001

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Para ONU, 9% vivem com US$ 1 por dia

DA REDAÇÃO

O Brasil também melhorou sua situação no IPH-1 (Índice de Pobreza Humana-1), calculado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) para os países em desenvolvimento. No caso dos países ricos, é feito o IPH-2.
Corrigindo os valores anteriores segundo o critério usado neste ano -o Pnud alterou a base de dados-, verifica-se que o IPH-1 do Brasil passou para 12,9% em 1999, contra 14,2% em 1998 e 14,4% em 1997.
A Folha constatou um erro no material divulgado à imprensa: o Brasil aparece na 18ª colocação, quando o correto seria o 17º lugar. O erro está na inclusão, no ranking, de três países que não foram contemplados no levantamento (Cuba, Iraque e Afeganistão). O Brasil "ganha" uma posição porque, na lista errada, Cuba tem o quarto lugar.
A Folha entrou em contato com o escritório brasileiro do Pnud na semana passada, que não soube dar explicações, mas prometeu uma resposta, não enviada até ontem. Em 1997, a primeira versão do relatório do IDH também continha erro que prejudicava o país, o que teria contrariado o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Apesar da melhora no ranking da pobreza, aumentou a proporção de pobres, de acordo com o Pnud. Em 1999, 9% da população brasileira, cerca de 15,1 milhões de pessoas, vivia apenas com até US$ 1 por dia e 22% da população -praticamente uma em cada cinco pessoas ou então 37,0 milhões de pessoas- estava abaixo da linha da pobreza. Em 1998, os percentuais eram, respectivamente, de 5,1% e 17,4%.
Na última sexta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou o Fundo de Combate à Pobreza, que deve destinar R$ 3,1 bilhões para ações governamentais contra a miséria no país. (RM)



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