São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 2002 |
Próximo Texto | Índice
PAINEL Fio a pavio Jorge Bornhausen, presidente do PFL, não apenas declarou apoio à candidatura Ciro Gomes (PPS) como comprometeu-se a participar da arrecadação de recursos para o financiamento da campanha do presidenciável. Perto do cofre O presidente do PFL é irmão de Roberto Bornhausen, ex-presidente da Federação Brasileira dos Bancos. O Unibanco, então presidido por Roberto, foi o terceiro maior colaborador da campanha de FHC em 94, com doação oficial de R$ 601 mil. Brasília em ação José Serra foi recepcionado ontem em MS por faixas com a mensagem: "Santa Casa de Corumbá confia no senador Serra". Quando era ministro da Saúde, o tucano liderou R$ 700 mil para a construção de uma maternidade no hospital. Memória de campanha Serra elogiou ontem Ramez Tebet (PMDB) no palanque em Corumbá e disse que votou nele para presidente do Senado. O presidenciável equivocou-se. Quando Ramez foi eleito, em 2001, Serra era ministro e estava licenciado do Senado. Ali pertinho Dando mais um sinal de que não pretende abandonar a disputa, como espalham seus adversários, Anthony Garotinho (PSB) vai inaugurar um escritório de campanha no Lago Sul de Brasília na semana que vem. Aliança de peso Resposta do deputado João Caldas, do PL de Alagoas, ao ouvir um não ao seu pedido de liberação de verba para emenda parlamentar: "Com o Lula [na Presidência" vai ser diferente". Carona publicitária O governo aproveitará a vitória na Copa para lançar uma campanha publicitária na Europa a fim de atrair turistas para o país. Nas peças, encomendas por Caio Luiz de Carvalho (Turismo), garotos dizem a palavra "obrigado" nas línguas de países que estiveram na competição. Imagem de exportação No final da peça publicitária, em preparação para ser exibida na Europa, o locutor diz que o país, pentacampeão, não é só o país do futebol, é também o país da paz. "Você precisa visitar o Brasil para conhecê-lo melhor". Calendário eleitoral Dirigentes do PSDB pressionaram o Planalto a arquivar o pedido de intervenção no ES. Alegaram que o governador José Ignácio (PTN) sempre foi tucano e que sua retirada do cargo poderia desgastar o partido e ser utilizada por adversários para atacar a candidatura de Serra. Arquivo tucano Os tucanos também argumentaram que o governador José Ignácio poderia atacar o Planalto e o partido se fosse retirado do comando do ES. Por mais de dez anos o atual governador pertenceu à cúpula do PSDB. Salvos pelo gongo Habituais financiadores de campanha no ES também se dizem contentes com o arquivamento do pedido de intervenção no governo do Estado. Achavam que o pagamento de suas obras pudesse sofrer atrasos ou nem sair, se um eventual novo governo decidisse auditá-las. Urna vazia O resultado da pesquisa Datafolha sobre a sucessão em SP, RJ e MG acendeu o sinal amarelo na cúpula do PT. Os petistas estão preocupados com o fraco desempenho dos candidatos do partido nos três principais colégios eleitorais do país. SOS eleição Para tentar reverter o quadro desfavorável, Lula deverá pedir votos mais ativamente para José Genoino (SP), Benedita (RJ) e Nilmário Miranda (MG). Em SP, 40% dos que se dizem eleitores de Lula declaram apoio ao candidato do PPB. TIROTEIO Do senador Paulo Hartung (PSB), candidato ao governo do ES, sobre o arquivamento do pedido de intervenção: - Com essa inesperada medida, o governo FHC encerra com "chave de ouro" um mandato marcado por omissão e fracasso na segurança pública. A manutenção de José Ignácio é um gol da impunidade. CONTRAPONTO Especialista na matéria
O presidenciável do PSDB, senador José Serra, foi anteontem
a uma chácara perto de Barretos
(SP) para participar de uma festa em comemoração à obra de
ampliação do Hospital de Câncer do município, a 438 km de
São Paulo. |
|